2° Domingo da Quaresma
A Transfiguração e a Igreja em saída
Neste domingo as leituras nos levam a refletir sobre a relação entre a Transfiguração do Senhor e como devemos fazer para encontrá-lo
Na primeira leitura, assistimos à vocação de Abrão: ser o pai das nações. Contudo seguir a vocação não é algo trivial, pois ele deverá sair da sua segurança e conforto.
No salmo as palavras reforçam a promessa de Deus feita a Abrão. Podemos esperar confiantes no Senhor, esperar que seremos socorridos e protegidos, mas uma observação importante é que Ele ama a justiça e o direito.
Na segunda leitura, Paulo se dirige a seu discípulo Timóteo falando sobre a vocação e a força que recebemos de Deus e, neste contexto, uma revelação é feita: Cristo não só venceu a morte como nos dá, por meio do Evangelho, a imortalidade.
No Evangelho, vemos a Transfiguração de Jesus e nela há muitos aspectos que devemos atentar para nossa Quaresma e nossa vida. Existe a bem conhecida relação entre a Glória de Jesus e o horror de sua Paixão, mas temos também que escutar o Filho amado que nos lembra o mandamento inicial: "ouve ó Israel". Outro paralelo interessante é Moisés e Elias, que representam a Lei e os Profetas. Ou seja, está presente o núcleo teológico de Israel, enquanto Pedro, Tiago e João são a Igreja que surge a partir de Jesus. Na Transfiguração temos este encontro, porém novamente a vocação é para sair do conforto e seguir para o mundo mesmo sabendo que a Paixão se aproxima.
Quanto a nós, vamos ser a Igreja em saída, como os apóstolos o fizeram, e ir ao encontro do Cristo que se transfigura nas irmãs e nos irmãos das periferias sociais e existenciais. Assim, mesmo que seja difícil servir a eles em suas paixões, vamos assumir um compromisso integral com todas vidas que encontrarmos no caminho e no dia oportuno também veremos a Transfiguração gloriosa
A todos que esta mensagem chegar
Beijos e bênçãos
Diácono Bernardo Tura
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