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“Impureza ou inclusão”
Neste domingo, somos interpelados por uma questão muito atual: o que significa ser impuro e o que a inclusão pode causar na vida das pessoas? Nossa sociedade está num momento difícil, as pessoas seguem a regra: “se não está comigo, está contra mim”. Não toleram o diferente e pensam primeiro em si e depois nos outros. Este mundo dividido entre nós e eles não é o que indica o ensinamento de Jesus, não é o que devemos buscar.
Na primeira leitura, vemos a triste realidade da opção por excluir. Ou seja, ao entender que a doença é fruto de um pecado, a opção é retirar a pessoa do convívio dos outros e obrigá-la a se acusar continuamente. Será esta a solução mais adequada? Será que excluir tudo que é diferente é a solução? E mais, a pergunta que fica no ar é como definir o que seria “ser impuro”?
Na segunda leitura, Paulo nos leva a refletir sobre a pureza. Vindo de uma sociedade cheia de restrições alimentares e morais ele afirma: “fazei tudo para a glória de Deus”. Isso deveria ser uma solução para nós, até porque ele também nos fala: “Não escandalizeis ninguém! ” Só que logo em seguida surge uma afirmação conflitante: “procuro agradar a todos, em tudo”. Num mundo dividido, como é possível não escandalizar e agradar ao mesmo tempo?!
No Evangelho, vemos a solução para este impasse surgir a partir de um diálogo entre diferentes. As curas recebidas surgem a partir de uma conversa. A compaixão é a resposta ao pedido de ajuda e a fé daquele que é impuro é tão grande que cura sua alma. O amor para com ele é tão grande que cura seu corpo, mas isso não é o suficiente. É preciso que ele volte para a comunidade e, por isso, Jesus pede que ele vá ao sacerdote para que aqueles que o excluíram, agora passem a ouvi-lo.
Quanto a nós, vamos seguir pelo mundo e buscar superar a exclusão. Entender que aqueles que são diferentes de nós não são nossos inimigos ou impuros. Levar a compaixão ao mundo, pensar nas periferias sociais e existenciais e buscar – como Paulo dizia - “o que é vantajoso para todos”. Só num mundo onde a inclusão é a conduta de todos e todas pode haver a verdadeira pureza.
A todos que esta mensagem chegar,
Beijos e bênçãos.
Diácono Bernardo Tura
16º Domingo do Tempo Comum
Neste domingo, as leituras nos levam a refletir sobre como a Misericórdia é a chave do Reino de Deus e, ao mesmo tempo, é a grande característica deste Reino. Resta saber se nós também seremos caracterizados desta forma.
Na primeira leitura, vemos uma realidade que é para muitos uma contradição entre o Deus onipotente e o Deus todo misericordioso. De fato, num mundo que confunde poder com rigidez, domínio com opressão e força com violência, a visão de um Deus que mostra seu poder no perdão e na misericórdia é absolutamente incompreensível.
Talvez a solução seja seguir o conselho de Paulo, na segunda leitura, e deixar que o Espírito nos guie no entendimento de que podemos e devemos pensar uma outra forma de viver a realidade do Reino de Deus e trazer este entendimento para um mundo marcado pela injustiça, a discriminação e a cultura do descarte.
No Evangelho, Jesus nos descreve o Reino de Deus através de parábolas, talvez porque de outra forma seria difícil demais entender. Mas algumas coisas ficam claras para os que aceitarem o desafio de ler o texto sem ideias preconcebidas e entender a realidade da missão de trazer o Reino de Deus ao mundo. Primeiramente, nossa missão vai se realizar se aceitarmos o fermento que o Espírito deposita em nós. Em segundo lugar, não interessa o que fomos e o que somos e sim o quão grandes – ou misericordiosos - estamos dispostos a ser, pois realmente nós próprios somos um campo cheio de trigo e joio. A verdade é que o projeto do Reino de Deus no mundo é um projeto inacabado e que só vai mudar se estivermos dispostos a cuidar das sementes da esperança e de ser fermento na massa ...
Quanto a nós, vamos sair no munda na direção de nossos irmãos e irmãs que estão nas periferias sociais ou existenciais e, no caminho, vamos lançar as sementes de misericórdia nas casas em que entrarmos. Vamos colocar o fermento do amor para que no dia da colheita – pela Misericórdia – possamos estar todos nos feixes do trigo.
A todos que esta mensagem chegar
Beijos e bênçãos
Diácono Bernardo Tura
13º Domingo do Tempo Comum
O encontro e a Missão
Neste domingo, celebramos duas pessoas comuns com suas virtudes e pecados, qualidades e defeitos, que experimentaram o Encontro que mudou suas vidas e que lhes enviou em missão. A realidade do encontro pessoal com Jesus, tão presente no documento de Aparecida, nos leva a repensar nossa vida e nos envia em missão.
Na primeira leitura, Pedro está preso e vai ter o mesmo destino de Tiago, ou seja, a morte. Naquele momento a missão que Jesus havia lhe confiado estava em risco. O que fazer? O mesmo homem, que não tinha tido nenhum pudor em decepar com a espada a orelha de um servo quando a missão de Jesus foi ameaçada, agora espera pacificamente sua execução. O que mudou em sua vida? Enquanto isso a comunidade eclesial rezava ...
Na segunda leitura, vemos Paulo na prisão no fim de sua vida prestes a ser executado. Ele também aguarda pacificamente a mesma. Vendo o homem pacífico, cheio de amor e misericórdia e capaz de se relacionar com povos e culturas diferentes da sua, sou obrigado a me lembrar de Saulo. Saulo era forte, rico, intolerante com o diferente, violento como Pedro e tomado de uma fé assassina. O que mudou em sua vida? Enquanto isso a comunidade eclesial rezava …
No Evangelho, Jesus pergunta o que parece não fazer sentido, afinal qual a importância da opinião dos outros sobre quem ele seria? A dúvida dos outros era também a dúvida dos seus discípulos como foi revelado logo após, tanto assim que a resposta de Simão é a revelação do pai que está no Céu. Jesus em seguida dá a Pedro, não a Simão, e à sua Igreja o Poder das Chaves. Ele confiou a estes discípulos sua igreja mesmo sabendo de suas falhas e fraquezas. O que mudou em suas vidas?
A resposta à pergunta que fiz por três vezes é simples: O Encontro real e pessoal com Jesus. Este não é um encontro qualquer e sim o momento em que Este nos transforma de forma radical e nos envia numa missão para o próximo. Ou seja, para os outros e não para nós mesmos.
Quanto a nós, devemos celebrar nosso encontro com Jesus e torná-lo ainda mais real e concreto e, por isso, vamos sair no mundo em missão – ficando em casa nesse momento – na direção de nossos irmãos e irmãs que estão nas periferias sociais ou existenciais. Levemos a todos o amor e a misericórdia, a opção pela não violência e a defesa da vida em plenitude, até o dia que voltemos a nos encontrar com Jesus.
A todos que esta mensagem chegar
Beijos e bênçãos
Diácono Bernardo Tura
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