quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão.


As leituras de hoje: 1Jo 4,19-5,4 / Sl 71(72),1-2.14 e 15bc.17 (R. cf. 11) / Lc 4,14-22a. Ao fim de nossa reflexão estão as leituras de hoje tiradas do site da Liturgia Diária da CNBB.

Da leitura e meditação da carta de São João, podemos nos perguntar: Como podemos, no dia a dia, manifestar esse amor de Deus aos outros? Será que há alguém em nossa vida a quem precisamos perdoar ou a quem devemos expressar mais amor? O amor de Deus em nós deve ser um reflexo de Sua misericórdia para com o mundo.

O salmo provoca em nós outra pergunta para nossa vida de fé: O que podemos aprender sobre liderança a partir desse Salmo? Como podemos ser líderes (em nossa casa, no trabalho, ou na comunidade) com a sabedoria e a justiça de Deus? O que significa para nós, como cristãos, reinar com compaixão e serviço ao próximo?

o evangelho nos convida e meditarmos sobre como podemos ser colaboradores de Jesus em sua missão? Como podemos, em nossa vida cotidiana, ser mensageiros de boas novas para aqueles que mais precisam? Somos chamados, assim como Jesus, a trazer esperança, cura e libertação para aqueles que estão ao nosso redor.

Os textos  de hoje nos convidam a refletir sobre como o amor de Deus, a justiça e a missão de Jesus podem se manifestar em nossas vidas. O amor de Deus deve ser o motor de nossas ações, a justiça de Deus deve guiar nossas decisões, e a missão de Jesus deve inspirar nossas atitudes em relação ao próximo. Que possamos viver de forma concreta essas verdades, sendo reflexo de Seu amor no mundo.

Deus nos abençoe.

LEITURAS

Primeira Carta de São João 4,19-5,4

Caríssimos, 19 quanto a nós, amemos Deus porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém disser: "Amo a Deus", mas entretanto odeia o seu irmão, é um mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. 21 E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão. 5,1 Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus, e quem ama aquele que gerou alguém, amará também aquele que dele nasceu. 2 Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. 3 Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, 4 pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 

Sl 71(72),1-2.14.15bc.17 (R. cf. 11)

R. As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!

1 Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, * vossa justiça ao descendente da realeza!

2 Com justiça ele governe o vosso povo, * com equidade ele julgue os vossos pobres. R.

14 Há de livrá-los da violência e opressão, * pois vale muito o sangue deles a seus olhos!

15b Hão de rezar também por ele sem cessar, * c bendizê-lo e honrá-lo cada dia. R.

17 Seja bendito o seu nome para sempre! * E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, * todas as gentes cantarão o seu louvor! R.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 4,14-22a

Naquele tempo, 14 Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama espalhou-se por toda a redondeza. 15 Ele ensinava nas suas sinagogas e todos o elogiavam. 16 E veio à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado, e levantou-se para fazer a leitura. 17 Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18 "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19 e para proclamar um ano da graça do Senhor". 20 Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante, e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga  tinham os olhos fixos nele. 21 Então começou a dizer-lhes: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir". 22a Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. Palavra da Salvação.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

"Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco".



Leituras de hoje, 1Jo 4,11-18 / Sl 71(72),1-2.10-11.12-13 (R. cf. 11) / Mc 6,45-52. Ao fim de nossa reflexão estão os textos de hoje.

As leituras de hoje nos levam a refletir como estamos amando o próximo, e como depositamos nossa confiança em Jesus diante dos momentos difíceis da vida.

A carta de São João nos ensina que, se Deus nos amou de forma tão grande e incondicional, nós também devemos amar uns aos outros. "Amados, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar uns aos outros" (1Jo 4, 11). O amor é a essência de Deus, e, por isso, quando amamos, nos tornamos participantes desse amor divino. A "perfeição do amor" (v. 18) nos liberta do medo, porque o medo está relacionado ao castigo, mas quem ama verdadeiramente sabe que está unido a Deus, que é amor.

Essa leitura nos desafia a olharmos para nós e refletir sobre nosso amor. Estamos amando de maneira sacrificial, sem esperar nada em troca, assim como Cristo nos amou? O amor de Deus nos chama a viver sem medo, pois quem ama está em Deus, e Deus está em nós.

O salmo nos convida a refletir sobre como devemos nos empenhar para viver a justiça de Deus em nosso mundo, especialmente em favor dos mais necessitados e oprimidos. Nosso amor ao próximo deve ser visível nas nossas ações concretas para que a justiça de Deus se torne uma realidade aqui na Terra.

A meditação do evangelho pode nos ajudar a refletir sobre os "tempos de tempestade" que enfrentamos em nossas vidas. Como os discípulos, também podemos ter momentos de medo e insegurança, mas Jesus está sempre presente para nos acalmar e nos dar coragem. Quando reconhecemos Sua presença, nossa fé é fortalecida, e podemos enfrentar qualquer dificuldade.

A palavra de hoje nos convida a refletir sobre o amor de Deus, que é fonte de coragem e segurança para enfrentar as tempestades da vida. O amor de Deus nos chama a amar ao próximo, especialmente os mais necessitados, e a confiar em Sua presença constante, mesmo nas dificuldades. Como os discípulos, somos chamados a olhar para Jesus e não deixar que o medo nos paralise.

O Salmo nos ajuda a lembrar que a justiça de Deus é um princípio que deve ser vivido aqui e agora, no cuidado com os outros, especialmente com os pobres e necessitados. O amor e a justiça de Deus não estão separados: eles andam juntos e nos levam a agir com compaixão, como Jesus fez.

Portanto, a meditação de hoje nos desafia a viver um amor sem medo, um amor que confia plenamente em Deus e se traduz em gestos concretos de justiça e solidariedade.

Observe que não existe minha tempestade. A tempestade é comunitária. Ela foi vivida em comunidade, dentro da barca.

Deus nos abençoe.

Primeira Carta de São João 4,11-18

11 Caríssimos, se Deus nos amou assim,  nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13 A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito. 14 E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Todo aquele que proclama 15 que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16 E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem  permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele. 17 Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em nós termos plena confiança no dia do julgamento, porque, tal como Jesus,  nós somos neste mundo. 18 No amor não há temor. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o temor, pois o temor implica castigo, e aquele que teme não chegou à perfeição do amor. Palavra do Senhor.

Salmo responsorial  Sl 71(72),1-2. 10-11. 12-13 (R. Cf. 11)

R. As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!

1 Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, * vossa justiça ao descendente da realeza!

2 Com justiça ele governe o vosso povo, * com equidade ele julgue os vossos pobres. R.

10 Os reis de Társis e das ilhas hão de vir * e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá * hão de trazer-lhe oferendas e tributos.

11 Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, * e todas as nações hão de servi-lo. R.

12 Libertará o indigente que suplica, * e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.

13 Terá pena do indigente e do infeliz, * e a vida dos humildes salvará. R.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,45-52

Depois de saciar os cinco mil homens, 45 Jesus obrigou os discípulos a entrarem na barca e irem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele despedia a multidão. 46 Logo depois de se despedir deles, subiu ao monte para rezar. 47 Ao anoitecer, a barca estava no meio do mar e Jesus sozinho em terra. 48 Ele viu os discípulos cansados de remar, porque o vento era contrário. Então, pelas três da madrugada, Jesus foi até eles andando sobre as águas, e queria passar na frente deles. 49 Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, pensaram que era um fantasma e começaram a gritar. 50 Com efeito, todos o tinham visto  e ficaram assustados. Mas Jesus logo falou: "Coragem, sou eu! Não tenhais medo!" 51 Então subiu com eles na barca. E o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados, 52 porque não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido. Palavra da Salvação.

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.


As leituras de hoje, 1Jo 4,7-10 / 
Sl 71(72),1-2.3-4ab.7-8 (R. cf. 11) / Mc 6,34-44. No fim de nossa reflexão estão os textos de hoje.

A meditação sobre as passagens bíblicas de 1 João 4,7-10; Salmo 71(72),1-2.3-4ab.7-8 e Marcos 6,34-44 pode ser uma oportunidade para refletir sobre o amor de Deus, a justiça, a misericórdia e o cuidado de Jesus pelo seu povo. E a disponibilidade dos discípulo em servir.

João nos fala sobre o Amor de Deus. Ele nos lembra que Deus é a fonte do amor. O amor não é algo que nasce de nós, mas vem de Deus. Ele nos amou primeiro e, por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, nos trouxe a verdadeira compreensão do que significa o amor. O amor de Deus não se limita às palavras, mas se concretiza em ações — o envio de Jesus para salvar a humanidade. Como resposta, somos chamados a amar uns aos outros, porque o amor é o reflexo de nossa relação com Deus. Este amor é o fundamento da nossa fé e das nossas atitudes em relação ao próximo.

O Salmo é uma oração pela justiça e pela paz do reino de Deus. O salmista pede a Deus que dê ao rei a capacidade de governar com justiça, especialmente em benefício dos pobres e oprimidos. Esta é uma visão messiânica que aponta para o reinado de Cristo, o Rei justo que cuida de todos, especialmente dos mais necessitados. Ele traz justiça, paz e prosperidade ao seu povo, e Seu reino é eterno. Isso nos convida a refletir sobre como podemos ser agentes de justiça e paz em nosso próprio contexto, ajudando a construir um mundo mais justo e solidário.

No evangelho, Jesus demonstra sua compaixão e providência. A multidão estava faminta, tanto física quanto espiritualmente, e Jesus não só lhes ofereceu alimento, mas também palavras de vida. Quando os discípulos questionam a possibilidade de alimentar a todos, Jesus os desafia a fazer algo com o que eles têm — cinco pães e dois peixes. Ele abençoa os alimentos e os distribui, multiplicando-os para que todos se saciem. Isso é um lembrete de que, mesmo nas nossas limitações, Deus pode fazer algo grandioso. Ele nos convida a confiar Nele e a partilhar o que temos, pois Ele pode multiplicar nosso esforço. Os discípulos aprendem a servir confiando em Deus através de Jesus.

Esses textos nos mostram um Deus de amor, justiça e compaixão. Deus nos ama profundamente e, ao enviar seu Filho, nos dá um exemplo de como devemos viver: amando uns aos outros, buscando a justiça e a paz, e confiando que, em Cristo, mesmo nossas limitações podem ser superadas. Jesus nos ensina a importância da partilha e da confiança em sua providência. Neste tempo de meditação, podemos nos perguntar: como estou vivendo o amor de Deus em minha vida? Como posso ser um instrumento de justiça e compaixão no meu mundo?

Deus nos abençoe.

Primeira Carta de São João 4,7-10

7 Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8 Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. 9 Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. Palavra do Senhor.

Salmo responsorial Sl 71(72),1-2.3-4ab.7-8 (R. Cf. 11)

R. Os reis de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!

1 Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, * vossa justiça ao descendente da realeza! 

2 Com justiça ele governe o vosso povo, * com equidade ele julgue os vossos pobres. R.

3 Das montanhas venha a paz a todo o povo, * e desça das colinas a justiça!

4a Este Rei defenderá os que são pobres, *   b os filhos dos humildes salvará. R.

7 Nos seus dias a justiça florirá * e grande paz, até que a lua perca o brilho!

8 De mar a mar estenderá o seu domínio, * e desde o rio até os confins de toda a terra! R.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos  6,34-44

Naquele tempo, 34 Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35 Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram:  "Este lugar é deserto e já é tarde. 36 Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer". 37 Mas, Jesus respondeu: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Os discípulos perguntaram: "Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?" 38 Jesus perguntou: "Quantos pães tendes? Ide ver". Eles foram e responderam: "Cinco pães e dois peixes". 39 Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40 E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41 Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42 Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43 e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44 O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens. Palavra da Salvação.




segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O Reino dos Céus está próximo.

 


Leituras de hoje, segunda-feira após a Epifania: 1Jo 3,22-4,6 / Sl 2,7-8.10-11 (R. 8a) / Mt 4,12-17.23-25

No texto de João, somos convidados a refletir sobre nossa confiança em Deus. A certeza de que Ele ouve nossas orações depende da sinceridade do nosso coração e de nossa sintonia com Sua vontade. No versículo 4,1, a advertência contra os falsos profetas também é essencial, pois precisamos discernir o que vem de Deus e o que pode nos desviar de Sua verdade. Nosso compromisso com a verdade e com a doutrina apostólica nos guia para não sermos enganados pelos "espíritos" que não reconhecem Jesus Cristo. Precisamos sempre aprofundar nosso relacionamento com Deus para vivermos a autenticidade da fé.

O Salmo 2 é um cântico messiânico que anuncia o poder e a soberania de Deus. Neste trecho, Deus fala ao Rei e lhe oferece as nações como herança, evidenciando o domínio de Cristo sobre todos os povos. A voz divina chama os reis e juízes da terra a se submeterem ao Filho, reconhecendo sua autoridade. O versículo "Tu és meu Filho; hoje te gerei" é entendido como uma referência à paternidade divina sobre o Messias.

Este Salmo nos lembra da soberania de Deus sobre todas as coisas. Cristo é o Rei anunciado, e é por meio d’Ele que as promessas de Deus se cumprem. Ele é o Filho amado, e todas as nações estão sob Seu governo. Assim, somos convidados a nos submeter à Sua autoridade e a viver sob Sua proteção e guia. A missão de Jesus começa a se tornar clara: Ele é o Salvador que vem para governar, mas também para libertar e restaurar a humanidade. O chamado é para adorar e servir a Cristo, reconhecendo que Ele é o verdadeiro Senhor do universo.

Mateus 4,12-17.23-25

Este trecho de Mateus inicia com o início da missão pública de Jesus, após a prisão de João Batista. Jesus se dirige à Galileia e começa a pregar: "Arrependei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo." Esta mensagem central de arrependimento e conversão se alinha com o cumprimento das profecias e inicia a proclamação do Reino de Deus.

A seguir, o Evangelho narra os primeiros milagres de Jesus, curando as multidões que O seguiam e testemunhando Seu poder sobre doenças e demônios. Ele reúne uma grande multidão que O segue devido à fama de Suas curas e ensinamentos.

O chamado ao arrependimento de Jesus é uma palavra de transformação interior. O Reino dos Céus está próximo, e isso exige uma resposta imediata, uma conversão do coração. Jesus começa Sua missão pregando a proximidade do Reino e curando as enfermidades, mostrando que o Reino é uma realidade que se manifesta na ação concreta de Jesus em favor dos necessitados. Ao anunciar o Reino, Jesus não apenas ensina, mas age com poder para libertar, curar e restaurar. Como discípulos de Cristo, somos chamados a acolher Sua mensagem de transformação e a nos engajar na missão de levar o Evangelho a todos, assim como Ele fez.

A reflexão sobre esses textos nos impele a buscar um relacionamento profundo com Deus, que só é possível por meio de Jesus Cristo, que governa todas as nações e veio ao mundo para nos trazer o Reino de Deus. Ele não vem apenas como mestre, mas como curador e libertador. Nosso chamado é para viver essa transformação interior e exterior, aceitando Cristo como Rei e Mestre, e propagando Sua mensagem de salvação com ações de fé e caridade.

Que possamos, então, em nossas vidas diárias, refletir esse compromisso com Cristo, reconhecendo Sua autoridade sobre todas as coisas e vivendo a graça da conversão contínua.

Eis os textos.

Leitura da Primeira Carta de São João 3,22-4,6

Caríssimos, 22 qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. 23 Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu. 24 Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu. 4,1 Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo. Este é o critério para saber se uma inspiração vem de Deus: todo espírito que leva a professar que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; e todo espírito que não professa a fé em Jesus não é de Deus; é o espírito do Anticristo. Ouvistes dizer que o Anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e vós vencestes o Anticristo. Pois convosco  está quem é maior do que aquele que está no mundo. Os vossos adversários são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvidos. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus, escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro. Palavra do Senhor.

Salmo responsorial 

Sl 2,7-8.10-11 (R.8a) 

R. Eu te darei por tua herança os povos todos.

O decreto do Senhor promulgarei, † foi assim que me falou o Senhor Deus: * "Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

Podes pedir-me, e em resposta eu te darei † por tua herança os povos todos e as nações, * e há de ser a terra inteira o teu domínio. R. 

10 E agora, poderosos, entendei; * soberanos, aprendei esta lição:

11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória * e prestai-lhe homenagem com respeito! R.

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,12-17.23-25

Naquele tempo, 12 ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13 Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14 no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15 "Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16 O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz". 17 Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: "Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo". 23 Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. 24 E sua fama espalhou-se por toda a Síria. Levavam-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos. E Jesus os curava. 25 Numerosas multidões o seguiam, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia, e da região além do Jordão.  Palavra da Salvação.

domingo, 5 de janeiro de 2025

"Agora foi-nos revelado que os pagãos são co-herdeiros das promessas".

 


Leituras: Is 60,1-6 / Sl 71(72),1-2.7-8.10-11.12-13 (R. cf. 11) / Ef 3,2-3a.5-6 /Mt 2,1-12 (Visita dos Magos). As leituras estão dispostas no fim da reflexão.

A meditação sobre as leituras sugeridas para este dia pode ser uma experiência profunda, especialmente no contexto do Natal, quando o Evangelho fala sobre a visita dos Magos e as outras leituras ressaltam temas de luz, realeza e revelação. 

O profeta Isaías nos revela a Glória de Jerusalém e a Luz das Nações. "Levanta-te, resplandece, porque chegou a tua luz, e a glória do Senhor brilha sobre ti." (Is 60,1)

Este trecho é uma poderosa mensagem de esperança e renovação. Isaías fala de uma Jerusalém que será transformada pela presença divina, e essa luz que se levanta não é apenas para Israel, mas para todas as nações. A mensagem central aqui é a revelação da glória de Deus que atrai todos os povos, e que essa luz é, essencialmente, a presença de Deus entre os homens. A profecia aponta para a vinda de Cristo, que traria a salvação e a luz ao mundo inteiro.

Diante das palavras de Isaías, nos perguntamos como estamos vivendo à luz de Cristo? A nossa vida reflete essa luz divina? O chamado é para nos levantarmos, resplandecer, deixando que a glória de Deus se manifeste em nossas vidas, para que as outras pessoas também possam ver e ser atraídas por essa luz.

O Salmo responsorial nos apresenta o Reino do Messias. "Que os reis de Társis e das ilhas tragam presentes, os reis de Sabá e de Sebá ofereçam tributos." (Sl 71,10)

Este salmo é uma oração pela justiça e pelo governo do rei. Ele descreve a expectativa de um rei justo e sábio, que será uma bênção para todas as nações. O salmo, que é tradicionalmente associado ao reinado messiânico de Jesus, mostra a universalidade do reinado de Deus. Os reis das nações distantes trazem presentes como sinal de reconhecimento e veneração ao Messias.

O que nos ensina a universalidade do reinado de Cristo? Como podemos contribuir para que esse reino de justiça e paz se manifeste em nossa vida cotidiana? A visita dos Magos, que trazem presentes para o menino Jesus, é um símbolo de como todas as nações são chamadas a reconhecer a realeza de Cristo.

São Paulo ao escrever aos Efésios nos apresenta o Mistério da Revelação. "O mistério, que não foi dado a conhecer aos homens das gerações passadas, mas agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas no Espírito: que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Cristo Jesus, mediante o Evangelho." (Ef 3,5-6)

São Paulo fala sobre o "mistério" que foi revelado em Cristo: a salvação não é só para os judeus, mas para todos os povos, os gentios também são chamados a participar da promessa de Deus em Cristo. Esse é o grande mistério que foi revelado no nascimento de Jesus, e os Magos são um símbolo dessa inclusão de todas as nações no plano de salvação de Deus.

A revelação de Cristo nos convida a superar as barreiras e divisões que muitas vezes nos separam. Somos todos chamados a ser herdeiros da promessa de Deus, e isso implica uma vivência de fraternidade e unidade, reconhecendo no outro o mesmo Cristo que habita em nós.

No evangelho, Mateus narra a visita dos Magos. "Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo." (Mt 2,2)

O episódio da visita dos Magos é uma das passagens mais emblemáticas do Evangelho de Natal. Os Magos, vindos do Oriente, representam as nações gentias que, guiadas pela estrela, reconhecem Jesus como o Rei prometido. Eles não vêm apenas para admirar, mas para adorar e oferecer presentes simbólicos: ouro, incenso e mirra.

A atitude dos Magos pode ser um modelo para nós: uma busca sincera pela verdade, a disposição para fazer uma longa jornada e, acima de tudo, a humildade de adorar e reconhecer Jesus como Rei e Salvador. Os presentes que trazem representam aspectos de quem é Jesus: o ouro, como o Rei dos reis; o incenso, como a oração e a divindade de Cristo; a mirra, como símbolo do sofrimento e morte redentora que Ele viveria.

Assim, pensemos: O que estamos oferecendo a Jesus, não apenas materialmente, mas espiritualmente, em nossa vida? Como podemos ser como os Magos, que se colocaram a caminho para encontrar a verdade e adorá-la?

Essas leituras nos convidam a refletir sobre a luz de Cristo, que veio para iluminar todos os povos, e nos desafiam a reconhecer a realeza de Jesus e a responder com adoração e generosidade. Como os Magos, somos chamados a deixar nossas zonas de conforto e fazer uma jornada em busca da verdade, oferecendo a Cristo o melhor de nós mesmos. O mistério da salvação, revelado no nascimento de Jesus, é para todos, e o Reino de Deus é um chamado para viver em justiça, paz e unidade com todos.

Que as leituras de hoje nos inspire a ser luz para os outros e a viver de acordo com a dignidade de filhos e filhas do Deus que se revela ao mundo em Cristo.

Deus nos abençoe.

PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do Profeta Isaías 60, 1-6

Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém,  porque chegou a tua luz,  apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti.  Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor. Palavra do Senhor.

Salmo responsorial

Sl 71(72),1-2.7-8.10-11.12-13 (R. cf. 11)

R. As nações de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!

Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,* vossa justiça ao descendente da realeza!

Com justiça ele governe o vosso povo,* com equidade ele julgue os vossos pobres. R.

Nos seus dias a justiça florirá* e grande paz, até que a lua perca o brilho!

De mar a mar estenderá o seu domínio,* e desde o rio até os confins de toda a terra! R.

10 Os reis de Társis e das ilhas hão de vir* e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá* hão de trazer-lhe oferendas e tributos.

11Os reis de toda a terra hão de adorá-lo,* e todas as nações hão de servi-lo. R.

12 Libertará o indigente que suplica,* e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.

13 Terá pena do indigente e do infeliz,* e a vida dos humildes salvará. R.

SEGUNDA LEITURA

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 3,2-3a.5-6

Irmãos: Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3a e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho. Palavra do Senhor.

EVANGELHO

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 2,1-12

Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém,

perguntando: "Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo".

Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém.

Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer.

Eles responderam: "Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta:

E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo".

Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido.

Depois os enviou a Belém, dizendo:  "Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo".

Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.

10 Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.

11 Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.

12 Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.

Palavra da Salvação.





quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção.




Leituras de hoje: Nm 6,22-27 / Sl 66(67),2-3.5.6.8 (R. 2a) / Gl 4,4-7 / Lc 2,16-21

Hoje celebramos a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Fazemos memória ao Dia Mundial da Paz. Diante disso, segue minha reflexão das leituras de hoje.

A leitura do livro dos Números nos apresenta a bênção sacerdotal. Esta oração é um lembrete do cuidado constante de Deus por nós, de sua proteção e do seu olhar de amor e misericórdia. Cada palavra dessa bênção reflete o desejo de Deus de estar perto de nós, em todos os momentos da nossa vida. Ao meditar sobre essas palavras, podemos nos sentir amparados, sabedores de que o Senhor está sempre ao nosso lado, pronto para nos proteger e abençoar. É um convite para vivermos confiantes na Sua presença e nos seus cuidados.

O Salmo responsorial é um convite ao louvor e à ação de graças a Deus. "Que Deus nos tenha piedade e nos abençoe, e faça brilhar sobre nós a Sua face." Este versículo ecoa a bênção sacerdotal de Números, mas com um olhar mais universal. O salmo deseja que a benção de Deus chegue a todas as nações, que todos os povos conheçam a Sua salvação. A meditação neste salmo nos convida a reconhecer que a graça de Deus não é apenas para nós, mas para o mundo inteiro. Assim, a nossa oração de louvor deve transcender nossa própria vida e se estender para que todos possam conhecer o Senhor e experimentar Sua misericórdia.

Na carta aos Gálatas, Paulo nos fala sobre o cumprimento da promessa de Deus, que enviou seu Filho, Jesus, no tempo certo, para nos redimir e nos adotar como Seus filhos. "Porque vós sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Abá, Pai!" A meditação aqui é sobre a grande dádiva que recebemos: não somos mais escravos, mas filhos de Deus, e como tal, temos o Espírito Santo habitando em nós, nos ensinando a nos relacionar com Deus de maneira íntima e profunda. Podemos refletir sobre como a chegada de Jesus, no tempo divino, trouxe não apenas a redenção, mas a possibilidade de sermos plenamente filhos de Deus. Isso nos convida a viver nossa filiação com alegria e gratidão, lembrando sempre da presença do Espírito Santo.

No evangelho, somos levados ao momento em que os pastores, após ouvirem o anúncio do anjo, vão até Belém para ver o Menino Jesus. Eles, cheios de alegria e maravilhados, encontram o Salvador, que é reconhecido como o Messias prometido. A meditação sobre esse trecho é profunda, pois nos leva a refletir sobre o reconhecimento do Salvador pelos humildes, os pastores. Eles são os primeiros a ouvir a boa nova e a crer nela. O nascimento de Jesus é um convite a nos aproximarmos d'Ele com o coração aberto, como os pastores, buscando a paz e a salvação que Ele veio trazer. Além disso, o nome dado a Jesus na circuncisão lembra-nos da importância do Seu nome, que é o nome que traz salvação.

As leituras de hoje revelam o desejo de Deus de abençoar e salvar o Seu povo. Elas nos convidam a viver com a consciência de nossa filiação divina e da presença constante de Deus em nossas vidas. A meditação sobre essas passagens nos ajuda a aprofundar nosso relacionamento com Deus, entender a importância do nascimento de Jesus e acolher Sua bênção com um coração cheio de gratidão e louvor.

Deus vos abençoe.

Feliz Ano da Esperança de 2025!