domingo, 11 de abril de 2021

2º Domingo da Páscoa - Festa da Divina Misericórdia


Hoje estamos celebrando o Domingo da Divina Misericórdia. Festa instituída por São João Paulo II em 2000, quando da canonização de Madre Maria Faustina.

Os papas, iluminados pelo Espírito Santo, são inspirados a instituírem festas e celebrações que nos recordam as ações de Jesus, ou que nos fazem lembrar que ser cristão católico é viver a caridade com o próximo. Exemplo, a instituição do dia do Pobre pelo Papa Francisco, a ser celebrada no último domingo do Tempo Comum, o domingo que antecede a Solenidade de Cristo Rei.

Jesus veio chamar os que estavam perdidos. Jesus veio para os doentes, para os pecadores, para os afastados da graça de Deus. Jesus veio mostrar que Deus é Pai de todas e de todos. Veio liberta da lei e da doutrina que escraviza e discrimina as pessoas. Veio mostrar a piedade divina para com a humanidade.

Ao celebramos o 2º Domingo da Páscoa, e fazermos memória da Misericórdia de Deus, somos chamados a olhar para nós, em particular, e pensarmos: como vivemos a misericórdia de Deus? 

João narra a aparição de Jesus aos seus discípulos. Estes estavam com medo. Medo de serem perseguidos, de passarem pela tortura, de morrer na cruz, como um bandido. A morte de Jesus ainda era muito recente. Tudo muito próximo. O medo fez com que eles se trancassem. 

Entretanto, nada pode prender Jesus ressuscitado. A ressurreição deu a Ele domínio sobre o tempo e espaço. 

Jesus entra no lugar onde estão os discípulos. Se coloca no meio deles. E deseja a Paz. Observemos que o medo tira de nós a paz; paz que testemunha a vida de Jesus. 

Jesus diz, "A paz esteja convosco". Nós não alcançamos o valor e significado dessa saudação. Ela é muito mais do que simplesmente a ausência de conflito. A paz hebraica é sinal de libertação. Libertação da escravidão. Libertação de tudo que possa oprimir os seres humanos. A paz de Jesus liberta da opressão da lei, da opressão da discriminação. É uma paz que impulsiona para ir ao encontro dos outros.

A paz dada por Jesus é fruto do Espírito Santo. Foi esse mesmo espírito que fez Jesus agir, curar, libertar, ressuscitar.

Não há paz sem perdão. Sem misericórdia. Por isso, os discípulos recebem o poder de perdoar os pecados. Todos os que estavam naquele lugar receberam esse poder. De nada adianta você pedir perdão se você não perdoa. A partir daquele momento, eles passam a ser missionários da misericórdia. Do perdão. E nós o somos também.

Porém, temos um ruído nessa comunicação, Tomé. Ele não estava junto com os discípulos quando Jesus apareceu. Quando ouviu que Jesus esteve ali, ele duvidou. 

É preciso que toda a comunidade dos seguidores de Jesus creiam na ressurreição. Por isso, Jesus retorna uma semana depois. Deixou Tomé pensando no fato que lhe fora narrado. Mas ele queria uma comprovação física. E nós conhecemos a história.

Tomé crê porque viu. Mas, Jesus diz que bem-aventurados são aqueles que creem sem verem. Lembremos que os evangelhos são escritos para as comunidades que os discípulos iam formando. Era importante que as pessoas que iam se agregando ao ensinamento dos discípulos entendessem o que era ser cristão. No nosso caso, hoje, é ser missionário da paz. Da paz que perdoa. Que inclui. Que acolhe a todas e a todos. Que age onde o Espírito Santo indica.

Vivamos a misericórdia. Assumamos a nossa cruz. Cristo Ressuscitou para a nossa paz.

Bom domingo. Deus lhe abençoe.

Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-31

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: 'A paz esteja convosco'. 20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio'. 22E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois:  'Vimos o Senhor!'. Mas Tomé disse-lhes: 'Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei'. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: 'A paz esteja convosco'. 27Depois disse a Tomé: 'Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel'. 28Tomé respondeu: 'Meu Senhor e meu Deus!' 29Jesus lhe disse: 'Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!' 30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

Palavra da Salvação.

Um comentário:

  1. A paz em nossos corações é de fundamental importância para nos auxiliar e auxiliar ao próximo no caminha reto do bem. Seguindo os ensinamentos de Jesus e seguindo s palavra dd Deus!

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