domingo, 19 de junho de 2022

Renuncie a si mesmo.


Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,18-24

Certo dia: Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Quem diz o povo que eu sou?' Eles responderam: 'Uns dizem que és João Batista;
outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou.'
Mas Jesus perguntou: 'E vós, quem dizeis que eu sou?' Pedro respondeu: 'O Cristo de Deus.' Mas Jesus proibiu-lhes severamente
que contassem isso a alguém.
E acrescentou: 'O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.' 
Depois Jesus disse a todos: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará.

Palavra da Salvação.

Meditação.
Quero partilhar com vocês algumas pistas de reflexão para esse texto sugeridas pelo Pe. Adroaldo Palaoro,sj.
Primeiramente, o referido sacerdote nos leva a pensar sobre a pergunta "quem dizes que eu sou"? Com essa pergunta, afirma Adroaldo, o autor quer que nos fazer refletir sobre nossa ideintificação com com Jesus. Com seu modo de ser, de agir, de viver. Jesus tem uma forma distinta de viver sua "liberdade diante das leis e tradições, seu compromisso com os outros, sua relação com o Pai". 
Segundo, o renunciar-se a si mesmo, e tgomar a cruz de cada dia. Segundo padre Adroaldo, "na vida e missão de Jesus encontramos duas grandes paixões: a paixão pela vida, pelo Reino, pelo compromisso em favor dos mais pobres e excluídos; e a cruz".
Quanto à cruz, é possível vermos duas possibilidades. A "cruz imposta pelos poderes religiosos e civis. É a cruz patóbulo, instrumento de tortura, imposta pelos romanos àqueles que ousavam contrariar seu domínio. Ela não é fruto da opção de Jesus e nem do plano do Pai. É a viabilização da violência, do ódio, do fechamento frente à proposta de vida revelada por Jesus".
Ainda falando da cruz, o autor acrescenta que em grego cruz é "staurós". E esta significa "prontidão, estar preparado, mobilizxado, firme, sólido, estar de pé, ser fiel até o fim".
Jesus buscou a cruz "staurós", ou seja a "cruz da fidelidade, da vida comprometida". A vida "aberta, expansiva, oblativa, vida descentrada em favor dos outros". A cruz vivida "a partir de uma causa: o Reino".
A partir dessa perspectiva, entendeos quando Jesus fala "se alguém quer vir após mim, renuncoie a si mesmo, tome a sua cruz (staurós) cada dia e siga-me".
O discípulo(a) de Jesus deve fazer a opção pela cruz-staurós. A cruz-saturós, por casua do Reino "pode encontrar a perseguição, oposição e morte, com o próprio Jesus".
A cruz não pe vista como uma ação passiva, ou de resignação. Mas, ela "concentrou, radicvalizou e condensou o significado de uma vida vivida por Jesus na fidelidade ao Pai.
O evangelho de hoje nos leva a pensarmos na nossa vida religiosa. Onde ela centrada? Em nós mesmos, "ego-latria", ou na renúncia?
O chamamento de Jesus para renunciar-se a si mesmo exige de nós uma renúncia ao nosso próprio idolo. Devemos deixar de lado nossa "tendência diabólica que habita em nós". "Quanta vezes nos surpreendemos sendo nós mesmo nossa principal preocupação! Frenquentemente nos tornamos o centro, fazendo que tudo gire em torno do nosso prṕprio ego. Habituamos a nos aproximar das pessoas que nos agradam, que nos pajulam, que compartilham nossos apegos desordenados, que nos dão razão emtudo, que engordam nosso ego".
Somos chamaos a nos identificarmos com "Jesus no seu seguimento" assumindo um "processo de morte e levar a cruz-stuarós até o fim. É preciso que morra em nós aquilo que não tem futuro, que não é voda, que não é felicidade. O ego é pura ilusão. Quando ele determina nossa vida, caímos no vazio, pois ele não tem em que se sustentar.
"Este é o caminho da vida que se faz doação, presença, compromisso. Vida na fidelidade, (ao Reino) até o fim.

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