quinta-feira, 21 de novembro de 2024

"Todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

 


Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 12,46-50

Naquele tempo,

46 enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele.

47 Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo".

48 Jesus perguntou àquele que tinha falado: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?"

49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e meus irmãos.

50 Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe".

Palavra da Salvação.

Meditação.

O evangelho de hoje nos indica como devemos reavaliar nossa percepção de família. E a entender que a verdadeira fraternidade é aquela baseada na vivência da vontade de Deus. 

Jesus redefine os critérios de pertença ao Seu Reino, colocando a fidelidade ao Pai como o elemento essencial para se tornar parte de sua família. Como discípulos de Cristo, somos convidados a integrar essa família espiritual, buscando sempre fazer a vontade do Pai e viver em comunhão com todos aqueles que, assim como nós, se dedicam a seguir o caminho de Jesus. Vejamos alguns pontos para nossa reflexão pessoal.

Primeiro, redefinindo a família espiritual. A resposta de Jesus parece, à primeira vista, distante de um gesto de carinho ou desconsideração para com sua mãe e seus irmãos biológicos. Porém, ao dizer isso, Ele não os desqualifica, mas propõe uma nova maneira de entender o que significa ser família. A verdadeira "família" de Jesus não é formada apenas pelos laços biológicos, mas pela adesão à vontade de Deus. Ele coloca a obediência à vontade do Pai como o critério principal para a pertença à Sua família espiritual.

Segundo, a vontade de Deus como vínculo maior. Jesus nos ensina que os laços espirituais, aqueles formados pela vivência e cumprimento da vontade de Deus, são mais fortes e mais profundos do que qualquer laço de sangue. Fazer a vontade do Pai, viver segundo seus ensinamentos, é o que verdadeiramente nos aproxima de Cristo e nos insere na sua família.

Terceiro, a inclusão de todos. Quando Jesus diz que "quem faz a vontade de meu Pai" é seu irmão, irmã e mãe, Ele está fazendo uma convocação inclusiva. Não importa a origem, o status social ou o passado de uma pessoa, a condição para ser parte da família de Jesus é a adesão ao Seu chamado, o compromisso com os valores do Reino de Deus.

Quarto, o exemplo de Maria. Ela é um exemplo perfeito de quem fez a vontade de Deus de forma plena. É a primeira e mais fiel discípula, sendo modelo para todos nós de como viver em obediência à palavra de Deus. 

Este trecho destaca que a verdadeira relação com Jesus vai além do laço físico. Maria, como todos nós, é chamada a viver e agir conforme a vontade do Pai, e é nisso que se fundamenta sua relação íntima com Jesus.

Quinto, desafio para os cristãos. Esse ensino de Jesus nos desafia a refletir sobre como estamos vivendo os laços espirituais em nossa vida. Muitas vezes, damos mais importância aos laços familiares e sociais visíveis do que ao vínculo espiritual com Cristo. No entanto, é preciso entender que a fraternidade que Jesus nos oferece é mais profunda, pois ela é construída sobre a verdade do Evangelho e a prática do amor, da justiça e da misericórdia que Ele nos ensinou.

Deus nos abençoe.

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