Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,35-40
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
35 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
36 Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais.
37 Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei.
38 Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia.
40 Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia.'
Palavra da Salvação.
MEDITAÇÃO
Jesus é o pão que nos alimenta. Jesus faz a vontade do Pai. Jesus reúne em torno de si aqueles que o Pai lhe deu. Todo aquele que crê no Filho tem a vida eterna, e ressuscitará no último dia.
Essas são as mensagens de Jesus no evangelho de hoje.
Jesus é o pão que nos alimenta. "Bem aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados". Jesus alimenta nossa fome por justiça. Todo aquele que se sente indignado pelas injustiças do mundo, todo aquele que se revolta pelas injustiças que nos cercam. Todos os que dão sua vida pela justiça, estão sendo alimentados por Jesus. Ou, comem desse alimento que é sua palavra. O alimento que Jesus nos dá nos anima pela luta por Justiça.
Jesus faz a vontade do Pai. Ele disse, "buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça". A vontade do Pai é que a sua justiça seja feita. E essa justiça se traduz em ações concretas. Dar de comer a quem tem fome; de beber a quem tem sede; vestir os nus; visitar os encarcerados e doentes; acolher os refugiados. Estar ao lado dos pobres, dos excluídos, das "sobras". Das mulheres, dos indígenas; das mulheres, dos LGBTQ+. E olhar para todas e todos como filhas e filhos de Deus.
Se somos discípulos, é porque o Pai nos entregou a Jesus. Jesus é o Caminho. Caminho que se deve percorrer. Jesus é a Verdade. Sem entrar na polêmica do que é a Verdade, Jesus é a Verdade do Pai. Jesus é a concretização de que o Pai olha por todas e todos os filhos e filhas. Um filho, ou uma filha não são esquecidos pelo Pai.
Vida Eterna, desejo do ser humano. Não morrer. Jesus é a Vida. Sua vida nos dá vida, nos gera vida. Suas Palavras são palavras de Vida. E de vida Eterna. Disse Pedro, "a que iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna".
Em tempos de quarentena, de reclusão social por conta do coronavirus, lembremos de nos alimentarmos com a Palavra de Deus. E Jesus é essa Palavra. Disse São João Evangelista, "No começo a Palavra já existia: a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. No começo ela estava voltada para Deus. Tudo foi feito por meio dela, e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela" (Jo 1,1-3).
Deixemo-nos envolver pela Palavra de Deus, pelo Filho, por aquele que nos dá a vida eterna.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
"Eu sou o pão da vida"
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,30-35
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus:
30'Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?' Que obra fazes?
31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer'.
32 Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.'
34 Então pediram: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'.
35 Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.
MEDITAÇÃO
Jesus é o pão da vida. Jesus dá o Pão da Palavra. Em tempos de reclusão social, nosso alimento é a Palavra de Deus. É tempo de refletirmos sobre nossas ações diante da Palavra de Deus.
Jesus alimentou os apóstolos com suas palavras. Pedro declarou, "A quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna"! Esse era o alimento que saciava a vida dos discípulos. O alimento que dava sustento para seguir diante da vida. Alimento do qual os sumos sacerdotes privavam o povo.
Hoje, muitos de nós estamos privados da comunhão eucarística. Estamos privados de irmos aos nossos templos.
Aprendamos a fazer comunhão com nossas irmãs e irmãos que, mesmo indo à Igreja, não podem receber a comunhão eucarística.
Aprendamos a fazer comunhão espiritual. Aprendamos a nos alimentar da palavra de Deus. Ela é fonte de vida. Ela é força para a caminhada. Ela é o sustento da nossa fé.
Façamos de nossas casas uma verdadeira Igreja. Um verdadeiro templo. Crie um espaço para ser seu espaço de oração e contemplação. Coloque-se diante da Palavra de Deus, ela é a presença do próprio Cristo no meio de nós. Com disse São Jerônimo, "desconhecer a Sagrada Escritura, é desconhecer o próprio Cristo".
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus:
30'Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?' Que obra fazes?
31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: 'Pão do céu deu-lhes a comer'.
32 Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.'
34 Então pediram: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'.
35 Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.
MEDITAÇÃO
Jesus é o pão da vida. Jesus dá o Pão da Palavra. Em tempos de reclusão social, nosso alimento é a Palavra de Deus. É tempo de refletirmos sobre nossas ações diante da Palavra de Deus.
Jesus alimentou os apóstolos com suas palavras. Pedro declarou, "A quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna"! Esse era o alimento que saciava a vida dos discípulos. O alimento que dava sustento para seguir diante da vida. Alimento do qual os sumos sacerdotes privavam o povo.
Hoje, muitos de nós estamos privados da comunhão eucarística. Estamos privados de irmos aos nossos templos.
Aprendamos a fazer comunhão com nossas irmãs e irmãos que, mesmo indo à Igreja, não podem receber a comunhão eucarística.
Aprendamos a fazer comunhão espiritual. Aprendamos a nos alimentar da palavra de Deus. Ela é fonte de vida. Ela é força para a caminhada. Ela é o sustento da nossa fé.
Façamos de nossas casas uma verdadeira Igreja. Um verdadeiro templo. Crie um espaço para ser seu espaço de oração e contemplação. Coloque-se diante da Palavra de Deus, ela é a presença do próprio Cristo no meio de nós. Com disse São Jerônimo, "desconhecer a Sagrada Escritura, é desconhecer o próprio Cristo".
domingo, 26 de abril de 2020
No caminho havia um estanho
3° Domingo da Páscoa
Neste domingo as leituras nos levam a refletir sobre os encontros que temos em nossas vidas e como estes podem mudar a nossa vida nos levando da tristeza para a esperança
Na primeira leitura, vemos Pedro falando de forma decidida ao povo de Jerusalém, não parece o homem que estava até pouco tempo atrás estava escondido num quarto trancado com medo. Qual o fato que mudou sua vida ? A resposta é simples um encontro...
No Salmo, vemos a segurança que temos ao aceitar caminhar com Deus, temos alegrai, segurança e sabemos que não estaremos entregues a morte, com Ele caminhamos para a vida
Na segunda leitura, voltamos a ouvir Pedro nos falando sobre sobre o nosso resgate, não por coisas perecíveis e sim pelo sangue do Cordeiro sem defeitos, ou seja, Jesus Cristo. Por outro lado pode ter passado despercebido o início da leitura, seremos julgado – sem discriminação – por nossa obras.
No Evangelho, vemos a importância do caminho e do caminhar, temos dois discípulos tomados pela tristeza e desesperança que tomo seus corações com a morte de Jesus. Sua vida muda quando se encontram com um estranho e, neste momento, eles fazem a escolha de uma vida, entre acolher e rejeitar. O mais lógico era rejeitar aquela pessoas pois havia um grande perigo, ao optar pelo mais arriscado e se abrir ao outro eles foram agraciados com a revelação de quem era o estranho. A partir deste encontro com o estranho seu coração arde de esperança e de alegria sem limite.
Quanto a nós, vamos sair no mundo – ficando em casa nesse momento – para nos encontrar com Jesus nos estranhos que estão no mundo, com nossos irmãos e irmãs, principalmente os que estão nas periferias sociais e existenciais, vamos buscar formas de levar alegria e esperança a todas as pessoas que precisam. Sejamos solidários com aqueles que precisam pois não estamos andando com um desconhecido e sim com alguém que nós conhecemos muito bem: Jesus Cristo.
A todos que esta mensagem chegar
Beijos e bençãos
Diácono Bernardo Tura
Diácono Bernardo Tura
Paróquia Cristo Redentor
Laranjeiras - RJ
Na primeira leitura, vemos Pedro falando de forma decidida ao povo de Jerusalém, não parece o homem que estava até pouco tempo atrás estava escondido num quarto trancado com medo. Qual o fato que mudou sua vida ? A resposta é simples um encontro...
No Salmo, vemos a segurança que temos ao aceitar caminhar com Deus, temos alegrai, segurança e sabemos que não estaremos entregues a morte, com Ele caminhamos para a vida
Na segunda leitura, voltamos a ouvir Pedro nos falando sobre sobre o nosso resgate, não por coisas perecíveis e sim pelo sangue do Cordeiro sem defeitos, ou seja, Jesus Cristo. Por outro lado pode ter passado despercebido o início da leitura, seremos julgado – sem discriminação – por nossa obras.
No Evangelho, vemos a importância do caminho e do caminhar, temos dois discípulos tomados pela tristeza e desesperança que tomo seus corações com a morte de Jesus. Sua vida muda quando se encontram com um estranho e, neste momento, eles fazem a escolha de uma vida, entre acolher e rejeitar. O mais lógico era rejeitar aquela pessoas pois havia um grande perigo, ao optar pelo mais arriscado e se abrir ao outro eles foram agraciados com a revelação de quem era o estranho. A partir deste encontro com o estranho seu coração arde de esperança e de alegria sem limite.
Quanto a nós, vamos sair no mundo – ficando em casa nesse momento – para nos encontrar com Jesus nos estranhos que estão no mundo, com nossos irmãos e irmãs, principalmente os que estão nas periferias sociais e existenciais, vamos buscar formas de levar alegria e esperança a todas as pessoas que precisam. Sejamos solidários com aqueles que precisam pois não estamos andando com um desconhecido e sim com alguém que nós conhecemos muito bem: Jesus Cristo.
A todos que esta mensagem chegar
Beijos e bençãos
Diácono Bernardo Tura
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,31-36
31- 'Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos.
32 Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho.
33 Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro.
34 De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o espírito sem medida.
35 O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão.
36 Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele'.
Palavra da Salvação.
Meditação.
O texto de hoje ainda é a conversa de Jesus com Nicodemus. Jesus tem fala a linguagem do seu interlocutor. Nicodemus era um homem culto. Religioso. Conhecia a palavra de Deus. Era mestre em Israel, ou seja, tinha autoridade pública para falar da palavra de Deus.
Jesus lhe mostra que sua autoridade não foi dada por ninguém da terra, Que ele a recebeu do próprio Deus, seus pai.
Aquele que vem do alto, aquele que fala das coisas do alto, ouviu e viu aquilo que fala. Somente pode falar as palavras de Deus aquele que Deus enviou para tal, porque tem o espírito que anima, o vento que sopra.
Mais uma vez, João fala dos que acreditam e não acreditam. Dos que ouvem, e não ouvem a palavra. Quem tem a vida eterna é aquele que acredita no Filho. Mas, quem o rejeita, não verá a vida.
A quem nós serviremos? A quem nós ouviremos?
quarta-feira, 22 de abril de 2020
"Deus deu o seu Filho unigênito"
Evangelho (Jo 3,16-21)
Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.
17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19 Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.
20 Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas.
21 Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.
Meditação
Deus nos amou de uma forma tão intensa que nos deu seu Filho único que morramos.
Quem crê em Jesus não é condenado.
A Luz veio ao mundo, mas, aqueles e aquelas que preferiram as trevas se condenaram. "Quem pratica o mal odeia a luz". E quem fica nas trevas significa que quer que suas ações não sejam vistas nem denunciadas. Assim agem os corruptos e corruptores. Dessa forma, todos e todas que não praticam a justiça, mesmo que estejam na igreja, não filhos/filhas da luz.
Todas e todos que agem "conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus".
Somos chamados a sermos filhas e filhos daquilo que transforma as situações de morte. Que transforma a sociedade. Que mudas as relações sociais. Jesus não se pegou a leis e doutrinas. Jesus pregou a misericórdia, o perdão. No mandou alimentarmos os famintos, saciarmos os sedentos, visitarmos os enfermos e encarcerados, vestir os nus, acolher os refugiados.
Deus "enviou seu filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele".
Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
16 Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.
17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19 Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.
20 Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas.
21 Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.
Meditação
Deus nos amou de uma forma tão intensa que nos deu seu Filho único que morramos.
Quem crê em Jesus não é condenado.
A Luz veio ao mundo, mas, aqueles e aquelas que preferiram as trevas se condenaram. "Quem pratica o mal odeia a luz". E quem fica nas trevas significa que quer que suas ações não sejam vistas nem denunciadas. Assim agem os corruptos e corruptores. Dessa forma, todos e todas que não praticam a justiça, mesmo que estejam na igreja, não filhos/filhas da luz.
Todas e todos que agem "conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus".
Somos chamados a sermos filhas e filhos daquilo que transforma as situações de morte. Que transforma a sociedade. Que mudas as relações sociais. Jesus não se pegou a leis e doutrinas. Jesus pregou a misericórdia, o perdão. No mandou alimentarmos os famintos, saciarmos os sedentos, visitarmos os enfermos e encarcerados, vestir os nus, acolher os refugiados.
Deus "enviou seu filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele".
segunda-feira, 20 de abril de 2020
A Páscoa espiritual
Da Homilia pascal de um Autor antigo
(PG 59,723-724)
A Páscoa que celebramos é a causa da salvação de todo o gênero humano, a começar pelo primeiro ser humano, que é salvo e vivificado em cada um de nós.
Mas a salvação foi preparada por diversas instituições, imperfeitas e provisórias, que eram símbolos e imagens das coisas perfeitas e eternas, para anunciarem em esboço a realidade que surge atualmente à plena luz da verdade. Contudo, uma vez que essa verdadeira realidade se tornou presente, a figura deixa de ter sentido. Quando chega o rei, ninguém irá homenagear sua estátua, deixando de lado a pessoa do próprio rei.
Assim se vê claramente em que medida a figura é inferior à realidade verdadeira, pois a figura representa a vida breve dos primogênitos dos judeus, ao passo que a realidade celebra a vida eterna de todos os seres humanos. Não é grande coisa alguém livrar-se da morte por algum tempo, se pouco depois terá de morrer. O que é admirável é evitar a morte de uma vez para sempre, como aconteceu conosco por meio de Cristo, que foi imolado como nosso cordeiro pascal.
O próprio nome da festa, se compreendermos o seu verdadeiro significado, nos sugere a sua peculiar excelência. Páscoa, com efeito, significa “passagem”, pois o anjo exterminador, que feria de morte os primogênitos dos egípcios, passava adiante, sem entrar nas casas dos hebreus. Todavia, em relação a nós, a passagem do exterminador é um fato, porque passou realmente sem nos tocar, a nós que por Cristo ressuscitamos para a vida eterna.
E o que significa, em seu sentido místico, o fato de se determinar como início do ano, o tempo em que se celebrava a Páscoa e a salvação dos primogênitos? Significa que também para nós o sacrifício da verdadeira Páscoa constitui o início da vida eterna.
Na verdade, o ano é símbolo da eternidade. Sendo a sua órbita circular, o ano gira continuamente sobre ela sem nunca parar. Mas Cristo, pai do mundo novo, oferecendo-se por nós em sacrifício, como que anulou a nossa existência anterior, proporcionando-nos, pelo batismo do novo nascimento, o começo de uma outra vida, à semelhança da sua morte e ressurreição.
Por conseguinte, quem tiver consciência de que a Páscoa foi imolada em seu benefício, deve aceitar como início de sua vida o momento em que Cristo se imolou por ele. Ora, tal imolação atualiza-se em cada um, quando reconhece essa graça e compreende que vida lhe foi dada por esse sacrifício. Quem chegou a este conhecimento, esforce-se por aceitar o começo da vida nova, sem pretender voltar à vida antiga que foi ultrapassada. De fato, se já morremos para o pecado, pergunta o Apóstolo, como vamos continuar vivendo nele? (Rm6,2).
(PG 59,723-724)
A Páscoa que celebramos é a causa da salvação de todo o gênero humano, a começar pelo primeiro ser humano, que é salvo e vivificado em cada um de nós.
Mas a salvação foi preparada por diversas instituições, imperfeitas e provisórias, que eram símbolos e imagens das coisas perfeitas e eternas, para anunciarem em esboço a realidade que surge atualmente à plena luz da verdade. Contudo, uma vez que essa verdadeira realidade se tornou presente, a figura deixa de ter sentido. Quando chega o rei, ninguém irá homenagear sua estátua, deixando de lado a pessoa do próprio rei.
Assim se vê claramente em que medida a figura é inferior à realidade verdadeira, pois a figura representa a vida breve dos primogênitos dos judeus, ao passo que a realidade celebra a vida eterna de todos os seres humanos. Não é grande coisa alguém livrar-se da morte por algum tempo, se pouco depois terá de morrer. O que é admirável é evitar a morte de uma vez para sempre, como aconteceu conosco por meio de Cristo, que foi imolado como nosso cordeiro pascal.
O próprio nome da festa, se compreendermos o seu verdadeiro significado, nos sugere a sua peculiar excelência. Páscoa, com efeito, significa “passagem”, pois o anjo exterminador, que feria de morte os primogênitos dos egípcios, passava adiante, sem entrar nas casas dos hebreus. Todavia, em relação a nós, a passagem do exterminador é um fato, porque passou realmente sem nos tocar, a nós que por Cristo ressuscitamos para a vida eterna.
E o que significa, em seu sentido místico, o fato de se determinar como início do ano, o tempo em que se celebrava a Páscoa e a salvação dos primogênitos? Significa que também para nós o sacrifício da verdadeira Páscoa constitui o início da vida eterna.
Na verdade, o ano é símbolo da eternidade. Sendo a sua órbita circular, o ano gira continuamente sobre ela sem nunca parar. Mas Cristo, pai do mundo novo, oferecendo-se por nós em sacrifício, como que anulou a nossa existência anterior, proporcionando-nos, pelo batismo do novo nascimento, o começo de uma outra vida, à semelhança da sua morte e ressurreição.
Por conseguinte, quem tiver consciência de que a Páscoa foi imolada em seu benefício, deve aceitar como início de sua vida o momento em que Cristo se imolou por ele. Ora, tal imolação atualiza-se em cada um, quando reconhece essa graça e compreende que vida lhe foi dada por esse sacrifício. Quem chegou a este conhecimento, esforce-se por aceitar o começo da vida nova, sem pretender voltar à vida antiga que foi ultrapassada. De fato, se já morremos para o pecado, pergunta o Apóstolo, como vamos continuar vivendo nele? (Rm6,2).
sábado, 18 de abril de 2020
"Anunciai o Evangelho a toda criatura!"
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 16,9-15
9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios.
10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando.
11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo.
13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito.
14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado.
15E disse-lhes: 'Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!
Palavra da Salvação.
Meditação
No último dia da oitava da páscoa refletimos sobre o evangelho de Marcos.
Uma curiosidade, o objetivo do evangelista Marcos é responde a pergunta, "quem é Jesus" (Mc 8,29). Ele é considerado um evangelho catequético, ou seja, preparado para o primeiro anúncio, não fica preso em por menores.
A passagem de hoje, nos faz um resumo daquilo que refletimos durante essa semana. Ele narra a incredulidade dos discípulos, que estavam tristes diante do fato da morte de Jesus. E por isso, não dão crédito ao anúncio de Maria Madalena, nem dos discípulos de Emaús, aqui chamados de os que "estavam indo para o campo".
E Marcos conclui que Jesus apareceu aos 11, enquanto faziam refeição. Mais uma vez, a cena da refeição em questão. Os discípulos de Jesus são reconhecidos pela refeição. Ela é a marca da nova humanidade. Ela reflete a comunhão que Deus fez com a humanidade em Jesus, o "pão da vida".
Após a ceia pascal, não se pode mais fazer a refeição sem se lembrar de Jesus. E mais do que isso, a refeição, agora, é gesto de amor, de serviço, de carinho, de acolhimento. É durante a refeição que Jesus aparece.
Primeiramente, Jesus repreende os seus discípulos por não terem acreditado no testemunho de Maria Madalena, nem nos discípulos de Emaús. Essa cena é interessante. Às vezes, achamos que existem pessoas mais "qualificadas" para darem testemunho da presença de Deus na vida. Na nossa vida. Na vida da humanidade. Na vida da Igreja. Na vida da comunidade. Não. É Deus quem escolhe aqueles que darão testemunho.
Mas, Jesus repreende a incredulidade deles. Outra observação, Jesus repreende. Jamais imaginamos Jesus repreendendo. Isso porque absorvemos a ideia de um Jesus "bonzinho". Entretanto, no evangelho de Marcos, aparecem algumas repreensões de Jesus aos apóstolos. (Mc 10,13-14 "Jesus se aborreceu") Isso não significa desprezo. Isso é ato de amor. Corrigir os "ignorantes" é obra de misericórdia.
Após essa narrativa, Jesus envia seus discípulos. Agora eles viram. Ouviram. Comeram. Entenderam. Então, é hora de partir em missão. Agora vocês sabem que eu ressuscitei. Ide. Anunciai. "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura"! É a toda criatura. Jesus não especifica quem deve receber o anúncio do evangelho. É para "toda criatura". Todos os tipos de pessoas. Todas as situações da vida. Todos os jeitos de ser.
Hoje recebemos a mesma missão. Devemos anunciar, mesmo que a situação seja adversa. Se sua experiência de Jesus transformou sua vida, mudou a sua visão de mundo, nos fez entender que eucaristia é sinal de refeição que se transforma em vida, então, "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura"!
sexta-feira, 17 de abril de 2020
'Vinde comer'
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 21,1-14
Naquele tempo:
1Jesus apareceu de novo aos discípulos, à beira do mar de Tiberíades. A aparição foi assim:
2Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos de Jesus.
3Simão Pedro disse a eles: 'Eu vou pescar'. Eles disseram: 'Também vamos contigo'. Saíram e entraram na barca, mas não pescaram nada naquela noite.
4Já tinha amanhecido, e Jesus estava de pé na margem. Mas os discípulos não sabiam que era Jesus.
5Então Jesus disse: 'Moços, tendes alguma coisa para comer?' Responderam: 'Não'.
6Jesus disse-lhes: 'Lançai a rede à direita da barca, e achareis.' Lançaram pois a rede e não conseguiam puxá-la para fora, por causa da quantidade de peixes.
7Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: 'É o Senhor!' Simão Pedro, ouvindo dizer que era o Senhor, vestiu sua roupa, pois estava nu, e atirou-se ao mar.
8Os outros discípulos vieram com a barca, arrastando a rede com os peixes. Na verdade, não estavam longe da terra, mas somente a cerca de cem metros.
9Logo que pisaram a terra, viram brasas acesas, com peixe em cima, e pão.
10Jesus disse-lhes: 'Trazei alguns dos peixes que apanhastes'.
11Então Simão Pedro subiu ao barco e arrastou a rede para a terra. Estava cheia de cento e cinqüenta e três grandes peixes; e apesar de tantos peixes, a rede não se rompeu.
12Jesus disse-lhes: 'Vinde comer'. Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem era ele, pois sabiam que era o Senhor.
13Jesus aproximou-se, tomou o pão e distribuiu-o por eles. E fez a mesma coisa com o peixe.
14Esta foi a terceira vez que Jesus, ressuscitado dos mortos, apareceu aos discípulos.
Palavra da Salvação.
Meditação
Os discípulos voltaram para a vidinha do dia-a-dia. A frase de Pedro é do tipo quando falamos assim, meio sem graça, sem vontade alguma de fazer aquilo. Mas, para passar o tempo, e quem sabe, ganhar um trocado, "vou pescar".
Os outros, perdidos, sem saber o que fazerem, dizem, "vamos com você". Estão deprimidos. Uma depressão coletiva.
Jesus, ao verem regressar da pesca, que foi infrutífera, pede um peixe. Mas eles não tinham nada. Sem ânimo, sem vontade, nada dá frutos. Qualquer trabalho fica sem graça quando não temos mais motivação para tal.
Jesus, ao perceber que estavam desanimados, fez uma sugestão, que tal jogar a rede do outro lado do barco. Como eles não tinham nada a perder, estavam ali para passar o tempo, acatam a sugestão daquela pessoa que eles ainda não tinham reconhecido.
Ao aceitar a sugestão, dá-se a mudança. Uma quantidade imensa de peixes é pescada. Nesse instante, João, o discípulo amado, reconhece que é Jesus. E, ao dizer que era o Senhor, provoca em Pedro uma vergonha. O evangelista afirma que estava nu e se atitou ao mar.
Pedro estava nu da graça. Pedro estava nu da fé. Pedro estava nu de reconhecer que era Jesus diante dele. E essa nudez provocou vergonha, pois fora ele que havia dito que morreria junto com Jesus. A nudez da fé provoca em nós um esconder-se. Um se afastar de Deus (lembremos de Adão e Eva que se esconderam de Deus porque estavam nus).
Ao chegarem em terra, o amor ressuscitado, o amor que cuida, o amor que se fez alimento, já tinha preparado uma fogueira com peixe e pão (perdão, mais o churrasquinho). Mas Deus quer contar com os frutos do nosso trabalho. Então, pede a eles um pouco do peixe que haviam pescado.
Faz refeição com os apóstolos. Distribui a cada um conforme sua necessidade. A vida é partilhada. A graça é partilhada. Ninguém deve passar fome.
O evangelista diz que essa "foi a terceira vez que Jesus apareceu aos discípulos após ressuscitar dos mortos". Assim, os discípulos vão acostumando com a realidade da ressurreição.
Hoje, pedimos a Deus que nos dê a graça de reconhecermos o ressuscitado naqueles e aquelas que estão famintos, sedentos, encarcerados, nos hospitais, nus, e sem pátria. É nestes que Jesus se faz presente. E nos tempos atuais, acrescentamos, os negros (racismo), mulheres (misoginia), índios e seus direitos, irmãs e irmãos com orientação sexual diferente da nossa, desempregados, excluídos. A lista é maior. Mas Jesus está presente em todos/todas que são discriminados.
Amém.
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Vós sereis testemunhas de tudo isso
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,35-48
Naquele tempo:
35Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: 'A paz esteja convosco!'
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma.
38Mas Jesus disse: 'Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração?
39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho'.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.
41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse:
'Tendes aqui alguma coisa para comer?'
42Deram-lhe um pedaço de peixe assado.
43Ele o tomou e comeu diante deles.
44Depois disse-lhes: 'São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos'.
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras,
46e lhes disse: 'Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia
47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48Vós sereis testemunhas de tudo isso'.
Palavra da Salvação.
Meditação.
Hoje temos a continuidade de ontem. Os discípulos deixaram Emaús às pressas. Dirigiram-se para Jerusalém, ainda à noite.
Jesus aparece enquanto ainda contavam como o tinham reconhecido no partir do pão.
A aparição de Jesus causa espanto. Pensam ser um fantasma. Mas, como em Emaús, Jesus pede algo para comer. A unidade entre os cristãos se dá na partilha do pão (comida).
Alimentado, Jesus esclarece o que havia acontecido. Que tudo estava dentro do previsto. E que sua ressurreição era real. As marcas da tortura ainda estão no corpo.
Agora, eles são chamados a ser testemunhas de tudo isso, "vós sereis testemunhas de tudo isso".
Para nós hoje, fica a pergunta: Testemunhamos a ressurreição do Senhor? Saímos ao encontro dos que estão necessitando do pão para o corpo? Trabalhamos para que a justiça do Reino dos Céus seja feita a todas e a todos?
Nossa meditação de hoje nos chama atenção para o que estamos realizando para que o Reino seja instaurado.
Naquele tempo:
35Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: 'A paz esteja convosco!'
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma.
38Mas Jesus disse: 'Por que estais preocupados, e porque tendes dúvidas no coração?
39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho'.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.
41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse:
'Tendes aqui alguma coisa para comer?'
42Deram-lhe um pedaço de peixe assado.
43Ele o tomou e comeu diante deles.
44Depois disse-lhes: 'São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos'.
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras,
46e lhes disse: 'Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia
47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
48Vós sereis testemunhas de tudo isso'.
Palavra da Salvação.
Meditação.
Hoje temos a continuidade de ontem. Os discípulos deixaram Emaús às pressas. Dirigiram-se para Jerusalém, ainda à noite.
Jesus aparece enquanto ainda contavam como o tinham reconhecido no partir do pão.
A aparição de Jesus causa espanto. Pensam ser um fantasma. Mas, como em Emaús, Jesus pede algo para comer. A unidade entre os cristãos se dá na partilha do pão (comida).
Alimentado, Jesus esclarece o que havia acontecido. Que tudo estava dentro do previsto. E que sua ressurreição era real. As marcas da tortura ainda estão no corpo.
Agora, eles são chamados a ser testemunhas de tudo isso, "vós sereis testemunhas de tudo isso".
Para nós hoje, fica a pergunta: Testemunhamos a ressurreição do Senhor? Saímos ao encontro dos que estão necessitando do pão para o corpo? Trabalhamos para que a justiça do Reino dos Céus seja feita a todas e a todos?
Nossa meditação de hoje nos chama atenção para o que estamos realizando para que o Reino seja instaurado.
quarta-feira, 15 de abril de 2020
"Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho?"
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35
13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.
14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles.
16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram.
17Então Jesus perguntou: 'O que ides conversando pelo caminho?' Eles pararam, com o rosto triste,
18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: 'Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?'
19Ele perguntou: 'O que foi?' Os discípulos responderam: 'O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo.
20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram!
22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo
23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo.
24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.'
25Então Jesus lhes disse: 'Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!
26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?'
27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante.
29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: 'Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!'
Jesus entrou para ficar com eles.
30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
32Então um disse ao outro: 'Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?'
33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze
reunidos com os outros.
34E estes confirmaram: 'Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!'
35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Meditação
Separar o texto por versículos nos ajuda a termos uma compreensão do texto. Identificar pontos que poderiam nos saltar o olhos, ou passas despercebido.
Mais uma vez, não fugindo à regra, o amor se faz presente nessa meditação.
Os versículos 13 e 22 dão a localização do texto e que esses dois discípulos estavam presentes que Maria Madalena foi ao encontro de todos/todas anunciando que Jesus havia ressuscitado. Emaús não ficava tão longe de Jerusalém. Ao que tudo indica, um dia de caminhada.
Os discípulos, após viverem a experiência da morte de Jesus, e terem ouvido o anúncio da sua ressurreição pela boca das mulheres, voltam decepcionados, tristes, abatidos. Haviam colocado toda a sua esperança naquele homem. Voltam para a "vidinha" do dia-a-dia.
Mas é preciso dar testemunho da ressurreição. No caminho de volta, Jesus aparece. Caminha junto. Percebe que estão acabrunhados. E pergunta, "o que ides conversando pelo caminho"?
Aqui, uma pausa. "Caminho" eram com os primeiros cristãos eram conhecidos, pertencentes ao "Caminho". Assim eram chamados.
Voltemos. "O que ides conversando pelo caminho"? Lucas destaca que eles estavam tristes.Um coração cheio de esperança, encantados pelas palavras e gestos de Jesus. "um profeta poderoso em obra e palavras, diante de Deus e dos homens". E ainda acrescenta, que os chefes do povo o entregaram para a morte. E que, os discípulos, esperavam que ele fosse "libertar Israel".
Então, esse aparente forasteiro, que, aparentemente, nada sabia do ocorrido, lhes dá uma aula de Antigo Testamento. Faz eles verem que o que havia acontecido já estava nos profetas, e nos livros sagrados judaicos. Que o morto era o messias esperado. Mas, ainda, não tinham compreendido.
Superando o pormenor da situação, adentremos à casa dos discípulos. Ali, preparam uma refeição, pois já era noite, ou quase noite. Não importa.
Jesus, o forasteiro, sentou-se à mesa. Pegou o pão, deu a bênção de costume, e partiu. Nisso, seu olhos se abriram, e reconheceram Jesus.
Então, dizem, "não ardia nosso coração..."?
Temos a revelação do amor, mais uma vez. Jesus se revela na Escritura, no Caminho, e na Partilha do Pão. As três coisas precisam existir para que Jesus possa se revelar. Jesus é a Palavra do Pai revelada a nós (João 1). Jesus é o Caminho que trilhamos para tirar de nossos corações toda tristeza, toda insegurança, todo medo (Jo 14,6). Jesus é o Pão Partilhado, o pão vivo descido do céus (Jo 6,51). Aquele que alimenta toda esperança, todo desejo de justiça. Toda ação de misericórdia.
Jesus se revela na partilha. O individualismo não faz parte do ser dos discípulos. Ninguém lava os próprios pés. "Vós deveis lavar os pés uns dos outros". Há uma música que diz, "comungar é tornar-se um perigo, viemos para incomodar". quem comunga incomoda, pois dá p exemplo, age de forma contrária ao que o mundo prega. Vive as bem-aventuranças, alimenta os famintos, dar de beber aos sedentos, visita os cativos e doentes, acolhe os peregrinos (refugiados), veste os nus.
"O amor consiste mais em gestos do que em palavras (Inácio de Loyola - EE-230).
Amemos na partilha do pão, na oração e meditação da palavra, no gesto de comunhão.
13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.
14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles.
16Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram.
17Então Jesus perguntou: 'O que ides conversando pelo caminho?' Eles pararam, com o rosto triste,
18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: 'Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?'
19Ele perguntou: 'O que foi?' Os discípulos responderam: 'O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo.
20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram!
22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo
23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo.
24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu.'
25Então Jesus lhes disse: 'Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!
26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?'
27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele.
28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante.
29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: 'Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!'
Jesus entrou para ficar com eles.
30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
32Então um disse ao outro: 'Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?'
33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze
reunidos com os outros.
34E estes confirmaram: 'Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!'
35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Meditação
Separar o texto por versículos nos ajuda a termos uma compreensão do texto. Identificar pontos que poderiam nos saltar o olhos, ou passas despercebido.
Mais uma vez, não fugindo à regra, o amor se faz presente nessa meditação.
Os versículos 13 e 22 dão a localização do texto e que esses dois discípulos estavam presentes que Maria Madalena foi ao encontro de todos/todas anunciando que Jesus havia ressuscitado. Emaús não ficava tão longe de Jerusalém. Ao que tudo indica, um dia de caminhada.
Os discípulos, após viverem a experiência da morte de Jesus, e terem ouvido o anúncio da sua ressurreição pela boca das mulheres, voltam decepcionados, tristes, abatidos. Haviam colocado toda a sua esperança naquele homem. Voltam para a "vidinha" do dia-a-dia.
Mas é preciso dar testemunho da ressurreição. No caminho de volta, Jesus aparece. Caminha junto. Percebe que estão acabrunhados. E pergunta, "o que ides conversando pelo caminho"?
Aqui, uma pausa. "Caminho" eram com os primeiros cristãos eram conhecidos, pertencentes ao "Caminho". Assim eram chamados.
Voltemos. "O que ides conversando pelo caminho"? Lucas destaca que eles estavam tristes.Um coração cheio de esperança, encantados pelas palavras e gestos de Jesus. "um profeta poderoso em obra e palavras, diante de Deus e dos homens". E ainda acrescenta, que os chefes do povo o entregaram para a morte. E que, os discípulos, esperavam que ele fosse "libertar Israel".
Então, esse aparente forasteiro, que, aparentemente, nada sabia do ocorrido, lhes dá uma aula de Antigo Testamento. Faz eles verem que o que havia acontecido já estava nos profetas, e nos livros sagrados judaicos. Que o morto era o messias esperado. Mas, ainda, não tinham compreendido.
Superando o pormenor da situação, adentremos à casa dos discípulos. Ali, preparam uma refeição, pois já era noite, ou quase noite. Não importa.
Jesus, o forasteiro, sentou-se à mesa. Pegou o pão, deu a bênção de costume, e partiu. Nisso, seu olhos se abriram, e reconheceram Jesus.
Então, dizem, "não ardia nosso coração..."?
Temos a revelação do amor, mais uma vez. Jesus se revela na Escritura, no Caminho, e na Partilha do Pão. As três coisas precisam existir para que Jesus possa se revelar. Jesus é a Palavra do Pai revelada a nós (João 1). Jesus é o Caminho que trilhamos para tirar de nossos corações toda tristeza, toda insegurança, todo medo (Jo 14,6). Jesus é o Pão Partilhado, o pão vivo descido do céus (Jo 6,51). Aquele que alimenta toda esperança, todo desejo de justiça. Toda ação de misericórdia.
Jesus se revela na partilha. O individualismo não faz parte do ser dos discípulos. Ninguém lava os próprios pés. "Vós deveis lavar os pés uns dos outros". Há uma música que diz, "comungar é tornar-se um perigo, viemos para incomodar". quem comunga incomoda, pois dá p exemplo, age de forma contrária ao que o mundo prega. Vive as bem-aventuranças, alimenta os famintos, dar de beber aos sedentos, visita os cativos e doentes, acolhe os peregrinos (refugiados), veste os nus.
"O amor consiste mais em gestos do que em palavras (Inácio de Loyola - EE-230).
Amemos na partilha do pão, na oração e meditação da palavra, no gesto de comunhão.
terça-feira, 14 de abril de 2020
'Eu vi o Senhor!'
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 20,11-18
Naquele tempo: 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo.
12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: 'Mulher, por que choras?' Ela respondeu: 'Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram'.
14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus.
15Jesus perguntou-lhe: 'Mulher, por que choras? A quem procuras?' Pensando que era o jardineiro, Maria disse: 'Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar'.
16Então Jesus disse: 'Maria!' Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: 'Rabuni' (que quer dizer: Mestre).
17Jesus disse: 'Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus'.
18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: 'Eu vi o Senhor!', e contou o que Jesus lhe tinha dito.
Palavra da Salvação.
Meditação.
Voltamos ao tema do Amor. João deveria ter um respeito muito grande por Maria Madalena. Desde a ressurreição de Jesus, ele dá um destaque grande a figura dessa mulher, que foi proclamada pelo Papa Francisco a Discípula dos Discípulos.
Madalena tinha tanto amor por Jesus, que não saiam de perto do túmulo.
Esse amor era tão grande, que ela senta-se próximo ao local onde tinham colocado o corpo do Senhor, e quando não o vê, Chora. Chora porque amava. E amava numa intensidade tal, que não podia admitir que o seu amado houvesse partido.
No livro do Cântico do0s Cânticos, no capítulo 3, lemos: "Procurei o amado de minha alma. Procurei-o e não o encontrei" . Assim, é Maria Madelena, procura, e não encontra. Não encontra porque procura no lugar onde o amado não está mais.
Ela se depara com dois anjos. Ainda no livro do Cântico dos Cânticos, o autor diz que a amada encontra os guardas (sentinelas) fazem a ronda, e pergunta se eles viram o seu amado. No evangelho de hoje, Maria Madalena se depara com dois anjos. E esses perguntam porque ela chora. Os anjos fazem a parte da consciência que a faz refletir sobre o motivo do choro.
O choro a impediu de ver o amado. Seus olhos estavam mareados pelas lágrimas. Via como que por entre nuvens. De forma opaca. Translúcida. A amada, por que chora a ausência do amado, não consegue vê-lo.
Mas há um sinal característico do amado, sua voz. Sua palavra. Ao ouvir, então, seu nome, dito com todo o carinho, com todo o amor de antes, ela o reconhece. Bastou uma palavra. Bastou dizer seu nome, Maria. Tudo ficou claro. Agora sim, ela o reconheceu. Ouviu a palavra. Deu atenção à voz. Seus olhos secaram, agora pode ver com clareza o amado, Mestre.
Aquela (aquele) que ama, não pode reter o amado. Neste caso, o amado não pertence a uma pessoa. O amado pertence á comunidade. E isto deve ser dito proclamado. Anunciado. "Vai dizer aos meus irmãos...".
Aquilo que poderia parecer uma experiência pessoal, única, deve ser comunicada. Ela foi ao encontro dos irmãos, e disse: "Eu vi o Senhor"! Só isso basta. Basta que um (uma) veja, entenda. Experimente. E a comunidade crê no testemunho.
Devemos ficar atentos à Palavra de Deus, Jesus. Jesus disse muitas coisas, fez muitas coisas. Basta crer em sua palavra. Basta ouvir para que a vida possa mudar. Para que o amor ressuscite em nossas vidas, em nossas comunidades. Para que possamos ser apóstolos da Civilização do Amor.
O Amor nos faz proclamar, "felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus" (Mt 5,10; "felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9); "felizes os puro de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8).
Maria Madalena pode ver a Deus. Viu o amado, porque deixou-se envolver pela palavra que veio do Mestre.
Hoje, possamos dar ouvidos a Deus, a Jesus, e a Maria Madalena, "Eu vi o Senhor"!
Naquele tempo: 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo.
12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.
13Os anjos perguntaram: 'Mulher, por que choras?' Ela respondeu: 'Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram'.
14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus.
15Jesus perguntou-lhe: 'Mulher, por que choras? A quem procuras?' Pensando que era o jardineiro, Maria disse: 'Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar'.
16Então Jesus disse: 'Maria!' Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: 'Rabuni' (que quer dizer: Mestre).
17Jesus disse: 'Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus'.
18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: 'Eu vi o Senhor!', e contou o que Jesus lhe tinha dito.
Palavra da Salvação.
Meditação.
Voltamos ao tema do Amor. João deveria ter um respeito muito grande por Maria Madalena. Desde a ressurreição de Jesus, ele dá um destaque grande a figura dessa mulher, que foi proclamada pelo Papa Francisco a Discípula dos Discípulos.
Madalena tinha tanto amor por Jesus, que não saiam de perto do túmulo.
Esse amor era tão grande, que ela senta-se próximo ao local onde tinham colocado o corpo do Senhor, e quando não o vê, Chora. Chora porque amava. E amava numa intensidade tal, que não podia admitir que o seu amado houvesse partido.
No livro do Cântico do0s Cânticos, no capítulo 3, lemos: "Procurei o amado de minha alma. Procurei-o e não o encontrei" . Assim, é Maria Madelena, procura, e não encontra. Não encontra porque procura no lugar onde o amado não está mais.
Ela se depara com dois anjos. Ainda no livro do Cântico dos Cânticos, o autor diz que a amada encontra os guardas (sentinelas) fazem a ronda, e pergunta se eles viram o seu amado. No evangelho de hoje, Maria Madalena se depara com dois anjos. E esses perguntam porque ela chora. Os anjos fazem a parte da consciência que a faz refletir sobre o motivo do choro.
O choro a impediu de ver o amado. Seus olhos estavam mareados pelas lágrimas. Via como que por entre nuvens. De forma opaca. Translúcida. A amada, por que chora a ausência do amado, não consegue vê-lo.
Mas há um sinal característico do amado, sua voz. Sua palavra. Ao ouvir, então, seu nome, dito com todo o carinho, com todo o amor de antes, ela o reconhece. Bastou uma palavra. Bastou dizer seu nome, Maria. Tudo ficou claro. Agora sim, ela o reconheceu. Ouviu a palavra. Deu atenção à voz. Seus olhos secaram, agora pode ver com clareza o amado, Mestre.
Aquela (aquele) que ama, não pode reter o amado. Neste caso, o amado não pertence a uma pessoa. O amado pertence á comunidade. E isto deve ser dito proclamado. Anunciado. "Vai dizer aos meus irmãos...".
Aquilo que poderia parecer uma experiência pessoal, única, deve ser comunicada. Ela foi ao encontro dos irmãos, e disse: "Eu vi o Senhor"! Só isso basta. Basta que um (uma) veja, entenda. Experimente. E a comunidade crê no testemunho.
Devemos ficar atentos à Palavra de Deus, Jesus. Jesus disse muitas coisas, fez muitas coisas. Basta crer em sua palavra. Basta ouvir para que a vida possa mudar. Para que o amor ressuscite em nossas vidas, em nossas comunidades. Para que possamos ser apóstolos da Civilização do Amor.
O Amor nos faz proclamar, "felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus" (Mt 5,10; "felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus" (Mt 5,9); "felizes os puro de coração, porque verão a Deus" (Mt 5,8).
Maria Madalena pode ver a Deus. Viu o amado, porque deixou-se envolver pela palavra que veio do Mestre.
Hoje, possamos dar ouvidos a Deus, a Jesus, e a Maria Madalena, "Eu vi o Senhor"!
segunda-feira, 13 de abril de 2020
'Alegrai-vos!'
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 28,8-15
Naquele tempo: 8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: 'Alegrai-vos!'
As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: 'Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.'
11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes
tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: 'Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis.'
15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até ao dia de hoje.
Palavra da Salvação.
Meditação
Estamos na Oitava de Páscoa. Ou seja, do primeiro Domingo da Páscoa, até o segundo Domingo, meditamos sobre as aparições de Jesus após sua ressurreição.
Ressalto, como ontem, o Amor. As mulheres vão ao encontro de Jesus. E porque as mulheres? Lembremos que Jesus teve ações de inclusão das mulheres na vida social e religiosa. Jesus nunca as rejeitou. Jesus sempre teve ao seu lado as mulheres, que eram destinatárias da sua atenção salvífica. Samaritana, a mulher da qual havia expulsado sete demônios, Maria Madalena são alguns exemplos. Fora aquelas que João nomeou estarem ao pé da cruz (Jo 19,25).
As mulheres amavam muito. As mulheres amam muito. Elas estavam tristes. Não medrosas, mas tristes, por isso disse Jesus: "Alegrai-vos"!
A Alegria é fruto da ressurreição. A Alegria é a atitude da discípula/discípulo missionário. Somos chamados a sermos propagadores do Amor que voltou à vida, que ressuscitou. Que está no meio de nós.
Em seguida, elas devem ser portadoras de uma mensagem, "Ide anunciar ao meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão". É preciso acreditar nas mulheres (coisa que não era comum). Mas, para que elas não fiquem receosas, Jesus disse, "Não tenhais medo"! Para anunciar a ressurreição do Amor, não se pode temer. Por isso, "Alegrai-vos"!
Então, retomamos a região da Galileia. Lugar do encontro. É lá que vai surgir a Igreja. É lá que os discípulos vão receber as instruções de como devem se portar ao anunciar a Ressurreição do Amor.
Entretanto, o evangelista narra um ruído na história. A mentira que os sumos sacerdotes compram (toda mentira tem um preço). Os guardas, diante do fato da ressurreição, temem. Vão aos sumos sacerdotes e narram o fato. Como negar a saída de Jesus do túmulo. Só criando uma mentira, em tempos atuais, uma "fake news". Para fazer esse mentira circular eram preciso garantias. A primeira delas, em relação ao governador, que os puniria por estarem dormindo, e com isso, poderia perder o salário. Para essa compensação, os sumos sacerdotes deram dinheiro a eles. E, comprados, fizeram como o combinado, divulgaram "fake news".
Esse é um ruído na história. Mas foi preciso contá-lo para que as gerações futuras soubessem que as mentiras iriam acompanhar os discípulos de Jesus, e que por isso, não deveriam ter medo. Isso faz parte da vida missionária. As forças do mau agem com mentiras. Mas, devemos lembrar o que disse Jesus no Sermão da Montanha: "11 Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. 12 Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês. (Mt. 5).
Hoje é dia de continuar nossa Alegria pela Ressurreição do Amor, "Alegrai-vos"! E dia de não temer, "Não tenhas medo"! É dia de voltar à Galileia para viver a alegria do encontro com Jesus. Se na Galileia começamos a nossa caminhada junto Dele, é na Galileia que o reencontraremos. A Galileia é o centro da nossa fé. Volte à sua Galileia.
Deus nos abençoe.
#FicaEmCasa. #TudoVaiPassar.
Naquele tempo: 8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: 'Alegrai-vos!'
As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: 'Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão.'
11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes
tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: 'Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis.'
15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até ao dia de hoje.
Palavra da Salvação.
Meditação
Estamos na Oitava de Páscoa. Ou seja, do primeiro Domingo da Páscoa, até o segundo Domingo, meditamos sobre as aparições de Jesus após sua ressurreição.
Ressalto, como ontem, o Amor. As mulheres vão ao encontro de Jesus. E porque as mulheres? Lembremos que Jesus teve ações de inclusão das mulheres na vida social e religiosa. Jesus nunca as rejeitou. Jesus sempre teve ao seu lado as mulheres, que eram destinatárias da sua atenção salvífica. Samaritana, a mulher da qual havia expulsado sete demônios, Maria Madalena são alguns exemplos. Fora aquelas que João nomeou estarem ao pé da cruz (Jo 19,25).
As mulheres amavam muito. As mulheres amam muito. Elas estavam tristes. Não medrosas, mas tristes, por isso disse Jesus: "Alegrai-vos"!
A Alegria é fruto da ressurreição. A Alegria é a atitude da discípula/discípulo missionário. Somos chamados a sermos propagadores do Amor que voltou à vida, que ressuscitou. Que está no meio de nós.
Em seguida, elas devem ser portadoras de uma mensagem, "Ide anunciar ao meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão". É preciso acreditar nas mulheres (coisa que não era comum). Mas, para que elas não fiquem receosas, Jesus disse, "Não tenhais medo"! Para anunciar a ressurreição do Amor, não se pode temer. Por isso, "Alegrai-vos"!
Então, retomamos a região da Galileia. Lugar do encontro. É lá que vai surgir a Igreja. É lá que os discípulos vão receber as instruções de como devem se portar ao anunciar a Ressurreição do Amor.
Entretanto, o evangelista narra um ruído na história. A mentira que os sumos sacerdotes compram (toda mentira tem um preço). Os guardas, diante do fato da ressurreição, temem. Vão aos sumos sacerdotes e narram o fato. Como negar a saída de Jesus do túmulo. Só criando uma mentira, em tempos atuais, uma "fake news". Para fazer esse mentira circular eram preciso garantias. A primeira delas, em relação ao governador, que os puniria por estarem dormindo, e com isso, poderia perder o salário. Para essa compensação, os sumos sacerdotes deram dinheiro a eles. E, comprados, fizeram como o combinado, divulgaram "fake news".
Esse é um ruído na história. Mas foi preciso contá-lo para que as gerações futuras soubessem que as mentiras iriam acompanhar os discípulos de Jesus, e que por isso, não deveriam ter medo. Isso faz parte da vida missionária. As forças do mau agem com mentiras. Mas, devemos lembrar o que disse Jesus no Sermão da Montanha: "11 Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. 12 Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês. (Mt. 5).
Hoje é dia de continuar nossa Alegria pela Ressurreição do Amor, "Alegrai-vos"! E dia de não temer, "Não tenhas medo"! É dia de voltar à Galileia para viver a alegria do encontro com Jesus. Se na Galileia começamos a nossa caminhada junto Dele, é na Galileia que o reencontraremos. A Galileia é o centro da nossa fé. Volte à sua Galileia.
Deus nos abençoe.
#FicaEmCasa. #TudoVaiPassar.
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Cristo com o seu próprio sangue, entrou no Santuário uma vez por todas.
Da Carta aos Hebreus (9,11-28)
Irmãos: 11Cristo veio como sumo-sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, 12e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, 14quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha.
15Por isso, ele é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna. 16Onde existe testamento, é preciso que seja constatada a morte de quem fez o testamento. 17Pois um testamento só tem valor depois da morte, e não tem efeito nenhum enquanto ainda vive aquele que fez o testamento. 18Por isso, nem mesmo a primeira aliança foi inaugurada sem sangue. 19Quando anunciou a todo o povo cada um dos mandamentos da Lei, Moisés tomou sangue de novilhos e bodes, junto com água, lã vermelha e um hissopo. Em seguida, aspergiu primeiro o próprio livro e todo o povo, 20e disse: “Este é o sangue da aliança que Deus faz convosco”. 21Do mesmo modo, aspergiu com sangue também a Tenda e todos os objetos que serviam para o culto. 22E assim, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não existe perdão.
23Portanto, as cópias das realidades celestes tinham que ser purificadas dessa maneira; mas as próprias realidades celestes devem ser purificadas com sacrifícios melhores. 24De fato, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. 25E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo-sacerdote que, cada ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam.
Irmãos: 11Cristo veio como sumo-sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, 12e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, 14quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha.
15Por isso, ele é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna. 16Onde existe testamento, é preciso que seja constatada a morte de quem fez o testamento. 17Pois um testamento só tem valor depois da morte, e não tem efeito nenhum enquanto ainda vive aquele que fez o testamento. 18Por isso, nem mesmo a primeira aliança foi inaugurada sem sangue. 19Quando anunciou a todo o povo cada um dos mandamentos da Lei, Moisés tomou sangue de novilhos e bodes, junto com água, lã vermelha e um hissopo. Em seguida, aspergiu primeiro o próprio livro e todo o povo, 20e disse: “Este é o sangue da aliança que Deus faz convosco”. 21Do mesmo modo, aspergiu com sangue também a Tenda e todos os objetos que serviam para o culto. 22E assim, segundo a Lei, quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não existe perdão.
23Portanto, as cópias das realidades celestes tinham que ser purificadas dessa maneira; mas as próprias realidades celestes devem ser purificadas com sacrifícios melhores. 24De fato, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. 25E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo-sacerdote que, cada ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
"Pobres, sempre os tereis convosco"!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 12,1-11
1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos.
2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5'Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?'
6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: 'Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis.'
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia,
foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
Palavra da Salvação.
Ontem, iniciamos a Semana Santa que culminará na Vigília Pascal, na contemplação do Senhor Jesus que Ressuscita diante de nós.
No evangelho de ontem, meditávamos a paixão e morte de Jesus. E, tal como um filme que começa pelo fim, e, em seguida faz uma volta no tempo cronológico para explicar como se chegou até ali, assim fazemos hoje.
O Evangelho de hoje, começa dizendo, "seis dias antes da Páscoa", ou seja, seis dias antes da partida dEle. Jesus vai à casa de Lázaro. Lembramos que Betânia ficava a três quilômetros de Jerusalém. Portanto, Jesus não estava tão longe do Templo. Segundo, Jesus vai à casa de Lázaro, aquele que ele havia ressuscitado. Já uma prefiguração de sua ressurreição. A ressurreição de Lázaro foi um fato que começou a mudar a visão que as pessoas tinham de Jesus. Isso tornou-se motivo de conversões. E os fariseus começaram a perceber que era preciso eliminar Jesus.
Maria tem um vaso de nardo puro. O evangelista afirma que era muito caro. Certa vez, um padre, numa pregação, disse que Maria, provavelmente, era uma prostituta, por isso o perfume caro. Ou seja, aos olhos do mundo, Jesus frequentava a casa de pessoas de "má índole".
Maria unge Jesus. Lembremos que estamos a seis dias da páscoa. Ela prepara o corpo do senhor para o sofrimento, para a morte, para a sepultura.
Aparece um personagem bem familiar a nós, Judas Iscariotes. João destaca que ele era desonesto e ladrão. Roubava o dinheiro da bolsa comum, da comunidade. Dentro dessa perspectiva mesquinha do dinheiro, Judas afirma que não se deveria gastar aquele perfume, caro, no gesto de ungir os pés de Jesus. Poderíamos pensar, que horror! Mas não. Quantas vezes em nossas comunidades gastamos com o supérfluo e não ajudamos aos necessitados? Quantas vezes, em nossas vida religiosa deixamos de atender a quem precisa para acumular? Jesus disse, "pobres sem o tereis". Sim, verdade. Quantas pessoas necessitam de nossa ajuda material, e nós guardamos os dinheiros?
Hoje, nessa semana santa, reflitamos como agimos. A quem servimos? Ao encontro de quem estamos indo? Reconhecemos Jesus nas pessoas que são perseguidas por serem negras? Nas mulheres que sofrem agressões físicas? Nos indígenas que veem sua cultura e suas terras serem vilipendiadas? Nas irmãs e irmãos que fizeram uma opção sexual distinta da nossa? Nos presidiários? Nos famintos e sedentos? Nos doentes? Nos refugiados? Naqueles que moram nas ruas? Consigo ver Jesus nessas pessoas?
Jesus foi ao encontro da família de Betânia. E hoje, devemos ir ao encontro de cada uma das famílias que são rejeitadas pela "boa sociedade".
Após sua meditação, anote no seu caderno espiritual os sentimentos que teve. Quais propósitos de mudança você pretende fazer.
Em seguida, faço uma oração a Deus.
1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos.
2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. 4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5'Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?'
6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: 'Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis.'
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia,
foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
Palavra da Salvação.
Ontem, iniciamos a Semana Santa que culminará na Vigília Pascal, na contemplação do Senhor Jesus que Ressuscita diante de nós.
No evangelho de ontem, meditávamos a paixão e morte de Jesus. E, tal como um filme que começa pelo fim, e, em seguida faz uma volta no tempo cronológico para explicar como se chegou até ali, assim fazemos hoje.
O Evangelho de hoje, começa dizendo, "seis dias antes da Páscoa", ou seja, seis dias antes da partida dEle. Jesus vai à casa de Lázaro. Lembramos que Betânia ficava a três quilômetros de Jerusalém. Portanto, Jesus não estava tão longe do Templo. Segundo, Jesus vai à casa de Lázaro, aquele que ele havia ressuscitado. Já uma prefiguração de sua ressurreição. A ressurreição de Lázaro foi um fato que começou a mudar a visão que as pessoas tinham de Jesus. Isso tornou-se motivo de conversões. E os fariseus começaram a perceber que era preciso eliminar Jesus.
Maria tem um vaso de nardo puro. O evangelista afirma que era muito caro. Certa vez, um padre, numa pregação, disse que Maria, provavelmente, era uma prostituta, por isso o perfume caro. Ou seja, aos olhos do mundo, Jesus frequentava a casa de pessoas de "má índole".
Maria unge Jesus. Lembremos que estamos a seis dias da páscoa. Ela prepara o corpo do senhor para o sofrimento, para a morte, para a sepultura.
Aparece um personagem bem familiar a nós, Judas Iscariotes. João destaca que ele era desonesto e ladrão. Roubava o dinheiro da bolsa comum, da comunidade. Dentro dessa perspectiva mesquinha do dinheiro, Judas afirma que não se deveria gastar aquele perfume, caro, no gesto de ungir os pés de Jesus. Poderíamos pensar, que horror! Mas não. Quantas vezes em nossas comunidades gastamos com o supérfluo e não ajudamos aos necessitados? Quantas vezes, em nossas vida religiosa deixamos de atender a quem precisa para acumular? Jesus disse, "pobres sem o tereis". Sim, verdade. Quantas pessoas necessitam de nossa ajuda material, e nós guardamos os dinheiros?
Hoje, nessa semana santa, reflitamos como agimos. A quem servimos? Ao encontro de quem estamos indo? Reconhecemos Jesus nas pessoas que são perseguidas por serem negras? Nas mulheres que sofrem agressões físicas? Nos indígenas que veem sua cultura e suas terras serem vilipendiadas? Nas irmãs e irmãos que fizeram uma opção sexual distinta da nossa? Nos presidiários? Nos famintos e sedentos? Nos doentes? Nos refugiados? Naqueles que moram nas ruas? Consigo ver Jesus nessas pessoas?
Jesus foi ao encontro da família de Betânia. E hoje, devemos ir ao encontro de cada uma das famílias que são rejeitadas pela "boa sociedade".
Após sua meditação, anote no seu caderno espiritual os sentimentos que teve. Quais propósitos de mudança você pretende fazer.
Em seguida, faço uma oração a Deus.
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