"Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou". Assim lemos no evangelho de hoje.
Um exemplo de direção espiritual. A direção espiritual é assim, como viver a Palavra de Deus no dia-a-dia. Como agir conforme a vontade de Deus.
Era preciso estar próximo. Olhar Jesus bem de perto. Entender o que ia no seu coração. A pergunta, de cunho pessoal poderia causar estranheza. Não poderia ser aquela pergunta de "meio de sala", de onde grita o estudante. Era preciso estar próximo.
E perguntou, "quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim". A lei judaica era rígida com essas normativas que quantificavam as práticas religiosas. Por isso, o numeral sete aparece na história. "Até sete vezes"?
Jesus, então, faz a catequese do perdão, da misericórdia. Não há um limite para o perdão divino, por isso, não deve haver um limite para o perdão humano. Não basta perdoar apenas sete vezes sete; é preciso perdoar sempre. Por isso, o perdão cristão, o perdão do discípulo deve ser setenta vezes sete. Sinal de infinitude. A história poderia acabar aqui. E pronto.
Mas Jesus precisava mostrar uma situação concreta de como esse perdão deve ser dado. Por isso, contou a parábola. A misericórdia não deve ser mesquinha. O perdão não pode ser um ato tacanho. A mesma misericórdia que queremos que sejamos tratados, devemos dá-lo aos outros também. Lembre-se, "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido".
Tal como Jesus, devemos perdoar, assim é a nova humanidade. O novo jeito de ser. O novo céu a a nova terra são feitos de misericórdia, perdão, acolhimento.
Aja com misericórdia, e obterás misericórdia. Aja com perdão, e obterás perdão, e terás um lugar no Reino dos Céus.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-35
Naquele tempo: 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: 'Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?' 22Jesus respondeu: 'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caíu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: `Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: `Paga o que me deves'. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: `Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: `Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.'
Palavra da Salvação.
Tenha um diretor ou diretora espiritual. Alguém que você confie. Que saiba identificar o que vem de Deus, ou não. Que seja uma pessoa de oração. Que medite a palavra de Deus.
Lembre-se de fazer a lectio divina diariamente, assim, você terá o que partilhar com seu diretor/diretora espiritual.
Sim. Muitas vezes não é fácil perdoar! Mas, o perdão é uma redenção que Liberta nosso espírito!!!
ResponderExcluir