quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

"Quem perseverar até o fim, esse será salvo".

 


Mt 10,17-22 / At 6,8-10.7,54-59

Hoje, um dia após o natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, a liturgia nos apresenta o martírio de Santo Estêvão.

Para nossa meditação, vou usar os dois textos da liturgia, o relato dos Atos dos Apóstolos que narra o martírio; e o evangelho de Mateus que fala de como os discípulos de Jesus vai passar pelo sofrimento por serem testemunhas da mensagem de paz, amor, fraternidade.

Mateus nos apresenta uma advertência de Jesus aos seus discípulos sobre as dificuldades e perseguições que eles enfrentariam ao anunciar o Reino de Deus. Este trecho é um convite à reflexão sobre o preço do discipulado, a fidelidade a Cristo em tempos de adversidade e a confiança em sua presença.

Jesus fala da violência física e psicológica que seus seguidores enfrentarão. Ele diz que seriam levados diante de governantes e autoridades. No entanto, Ele não os abandona a essa sorte, mas os prepara para uma missão que, embora difícil, é sustentada pela promessa da sua presença e pelo propósito divino.

Outro ponto de destaque é o sofrimento. Essa é a oportunidade de testemunho nós, cristãos, devemos aprender. Nem tudo são flores no verdadeiro processo de evangelização. Quantas vezes nas nossas dificuldades somos chamados a refletir o amor e a confiança em Deus de maneira ainda mais clara para aqueles ao nosso redor, seja em nossa família, no trabalho ou na sociedade?

A confiança na providência divina é um alicerce profundo de qualquer discípulo de Cristo. Deus não os deixa sozinhos em momentos de perseguição ou prova; Ele os fortalece com a presença do Espírito Santo. Isso nos ensina que, quando somos chamados a dar testemunho de nossa fé, não precisamos temer as palavras ou a rejeição, pois Deus é fiel e estará conosco, nos capacitando a falar com sabedoria e coragem.

Em nossa vida cotidiana, podemos enfrentar desafios de diferentes naturezas: rejeição por nossas crenças, oposição nas relações familiares ou sociais, dificuldades em manter uma postura cristã firme diante da cultura ao nosso redor. O convite de Jesus é claro: permaneça firme, confie na ação do Espírito Santo e lembre-se de que Ele está conosco, até o fim dos tempos.

A meditação de hoje nos chama a viver a fé com coragem, sabendo que a perseguição faz parte do caminho de quem segue a Cristo. Mas, ao mesmo tempo, nos assegura de que, em cada momento de sofrimento, Deus está conosco, nos sustentando com sua presença e com o Espírito Santo. A nossa fidelidade a Cristo, mesmo em meio às adversidades, será recompensada com a salvação eterna. Que possamos, com coragem, perseverar no testemunho de nossa fé, confiantes de que a graça de Deus nos sustenta em todos os momentos.

O segundo texto de hoje narra o martírio de Santo Estêvão.

Embora poucos de nós sejamos chamados a viver um martírio físico como Estêvão, todos somos chamados a um martírio diário de entrega e sacrifício. A vida cristã exige de nós a coragem de testemunhar o Evangelho, de amar nossos inimigos, de perdoar aqueles que nos ferem e de colocar nossa confiança inabalável em Deus.

Estêvão nos lembra que a nossa fidelidade a Cristo, mesmo em tempos de perseguição e sofrimento, não será em vão. Deus está conosco em cada momento, e, como Estêvão, podemos confiar que, ao olharmos para Ele, encontramos força, coragem e esperança, até o fim. Que possamos viver nossa fé com a mesma coragem, perdão e confiança que Estêvão demonstrou, sendo, como ele, testemunhas do Reino de Deus.

Deus nos abençoe.


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