Segundo Domingo da Quaresma. Ano 2021. Ano B da Liturgia Católica.
A liturgia de hoje nos leva a refletir como anda nossa confiança em Deus. Como estamos nos dispondo para ouvir sua palavra. E se Ele é verdadeiramente aquele em que confiamos.
Muitas vezes, ficamos ligados na história que estamos lendo. E deixamos de lado aquilo que o episódio lido fala a nós.
Na primeira leitura, a história narrada é conhecida de nós, o sacrifício de Isaac. O episódio narra a confiança de Abrão em Deus. Ele lhe pede aquilo que era mais valoroso para ele, o próprio filho. Surge, então, primeira pergunta: Estamos dispostos a nos desfazermos de nossas "riquezas", de nossos projetos, de nossos "filhos" para atender um pedido de Deus?
O primeiro mandamento diz: "amar a Deus sobre todas as coisas". Praticamos isso, a ponto de darmos a Deus o que mais amamos?
Na segunda leitura, Paulo nos recorda que "se Deus é por nós, quem será contra nós"? Mais uma vez, um episódio em que nos perguntamos, confiamos em Deus a ponto de saber que se somos filhos do dono do mundo, nada pode nos atingir? Que mesmo que morramos, é em Cristo que morremos?
No evangelho, a cena contemplada, também nos é muito comum. A Transfiguração. Muitas reflexões nas falam da presença de Moisés e Elias junto de Jesus, e o que isso significa. Falam da montanha, da nuvem, de onde Deus se revela.
Mas, quero destacar hoje uma parte na qual, muitas vezes, passamos sem nos dar conta, a voz que sai da nuvem. Deus diz, " Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz"! Escutar Deus não é apenas ouvir o que ele nos diz. Escutar Deus é fazer a sua vontade, nem que seja colocar o próprio filho em sacrifício. Confiando que se "Deus é por nós, quem será contra nós"?
Ouvir a voz de Deus que Jesus proclama, é fazer a vontade do Pai. Dando um passo à frente, Pedro, Tiago e João representam a Igreja, aquela que dá continuidade a obra e missão de Jesus. Quem ouve a palavra da Igreja, é ao próprio Cristo que se está ouvindo. E essa palavra de Cristo, para nós hoje, é a voz do Papa Francisco.
Ouvir a Igreja é crer na comunhão episcopal. É defender a Campanha da Fraternidade que foi rezada e discernida pelo colégio episcopal brasileiro, iluminado pelo Espírito Santo. Todo espírito divisionista que tente se instalar no meio de nós, está longe de ouvir a Palavra de Jesus. Falar contra uma ação da Igreja, é falar contra o próprio Deus.
Somos chamados a escutar o que Ele diz. Faça uma revisão de vida. Pergunte a si mesmo, "estou ouvindo a palavra de Deus"? Faço a vontade de Deus? Confio em Deus plenamente?
Deus lhe abençoe.