Olá. Paz e Bem.
Hoje estamos no 6º Domingo do Tempo Comum, o último domingo do tempo comum. A partir de 4ª feira, de Cinzas, iniciamos a Quaresma, período de oração, jejum e caridade. Sobres esses temas falaremos em outro momento.
Neste domingo, contemplamos duas cenas distintas. Na primeira leitura, Deus instrui a família sacerdotal de Aarão como deve proceder diante de uma pessoa que está infectada pela hanseníase. No tempo de Moisés, a exclusão do grupo, do acampamento era a única forma de vida de uma pessoa com hanseníase poderia viver. Além disso, as pessoas não podiam se aproximar do doente. Comida e água eram deixados à distância, e o doente, então, pegava depois. Além disso, algumas características físicas demonstravam quem estava doente: vestes rasgadas, cabelos em desordem, barba coberta, e deveriam gritar: "impuro, impuro"!
A leitura do evangelho nos mostra o quanto Jesus apresenta um Deus misericordioso, que quer resgatar todos os seus filhos e filhas. Como ele devolve a vida para os excluídos, perseguidos, rejeitados.
Observamos que, pela primeira leitura, que os leprosos não podiam se aproximar das pessoas. Na cena do evangelho, aquele doente, já despojado de sua dignidade, se aproxima de Jesus. Ajoelha-se. E pede: "se queres, tens o poder de curar-me".
O evangelista, então, no mostra que sentimento Jesus teve em relação aquela pessoa: "compaixão". Isto é, sofreu junto com aquele doente. Sentiu a mesma dor. Colocou-se no lugar do leproso. Viu-se também excluído. Por isso, teve "compaixão".
Em seguida, Jesus transgride a lei, toca no doente. Isso não poderia ser feito, pois todo aquele ou aquela que tocasse num leproso ficaria impuro também. E Jesus, que morreu na cruz pelos nossos pecados, assumindo as nossas dores, assumiu a dor daquele leproso.
Ele estendeu a mão, e disse, "Eu quero, fica curado"! E neste instante, o homem ficou curado de sua doença excludente. Então, Jesus ordena que ele vá cumprir o que dizia a lei de Moisés para o sinal de que ficara curado da lepra. Era preciso se mostrar ao sacerdote, e ele atestaria a cura. Além disso, pediu que o doente não divulgasse como fora curado.
Porém, o leproso, no caminho, começa a divulgar o que lhe havia acontecido, e como ele tinha ficado curado. E isso, teve uma consequência na vida de Jesus. Segundo Marcos, a partir desse momento, Jesus não podia mais entrar nas cidades. E ficava fora. Em lugares desertos. Aqui está a chave de leitura de hoje, Jesus trocou de lugar com o leproso. Ficar fora da cidade, sem poder ter a convivência com a sociedade, era um castigo dos leprosos. Ficar em lugares desertos, sem vida.
Mas, mesmo assim, as pessoas vinham ao seu encontro. Jesus é vida. Jesus é sinal de vida. Jesus restitui a vida. Jesus reinseri os excluídos na convivência social, e com isso, é obrigado a ir para a periferia, para o deserto, para lugares afastados.
A meditação nos leva a pensarmos sobre como estamos trabalhando para recolocar as pessoas na vida, na convivência social. Como estamos tratando e cuidado dos que sofrem racismo, misoginia, perseguição por serem homossexuais, por professarem uma fé diferente de nós.
E poderemos, então, fazer o que Paulo nos pede na segunda leitura, sermos imitadores de Jesus. Amém.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 1,40-45
Naquele tempo: 40Um leproso chegou perto de Jesus, e de joelhos pediu: 'Se queres tens o poder de curar-me'. 41Jesus, cheio de compaixão, estendeu a mão, tocou nele, e disse: 'Eu quero: fica curado!' 42No mesmo instante a lepra desapareceu e ele ficou curado. 43Então Jesus o mandou logo embora, 44falando com firmeza: 'Não contes nada disso a ninguém! Vai, mostra-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés ordenou, como prova para eles!' 45Ele foi e começou a contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham procurá-lo.
Palavra da Salvação.
Sim! Todos somos iguais! Devemos ajudar, apoiar e estimular a boa convivência com todos sem distinção!!!
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