Olá. Paz e Bem!
Estamos no 5º Domingo do Tempo Comum. Estamos caminhando com Jesus. Conhecendo Jesus.
No evangelho de hoje, Jesus, ao sair da sinagoga, se dirige à casa de Simão e André. Junto estão Tiago e João. Lembremos que esses foram os primeiros a serem chamados para acompanharem Jesus, e se tornarem pescadores de homens.
Sair da sinagoga significa que Ele cumprira a obrigação religiosa de sua cultura. Mas, a prática pastoral de Jesus não se limita ir apenas à sinagoga (igreja). Ao chegar à casa de Simão, percebe que a sogra deste estava acamada, com febre, e com isso, não podia se colocar à serviço.
Jesus se aproximou dela. Segurou a sua mão. Ajudou-a a levantar-se, e a “febre desapareceu”. Livre da doença, ela se colocou a servir. As curas de Jesus não são para nós mesmos. Se somos curados, o somos para nos colocarmos à serviço, ir ao encontro dos que necessitam de nós.
Após esse episódio, o evangelista nos remete a uma outra cena. Ele diz que “depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio”. E que a “cidade inteira se reuniu na frente da casa”. Todos queriam ver e ouvir Jesus.
Jesus, então, em sua solicitude pastoral, cura os doentes, expulsa os demônios e os manda calar. Tente fazer o exercício de visualizar essa cena.
Em seguida, o evangelista diz que “de madrugada, Jesus foi rezar num lugar deserto”. A toda ação pastoral corresponde um momento de oração. É preciso entender o que Deus faz por nosso intermédio, e onde precisamos estar presentes para anunciar o Reino de Deus.
Jesus não poderia ficar preso onde estava. É preciso anunciar a palavra de Deus em muitos lugares. E o missionário não pode fincar pés e ficar preso a um lugar apenas, pois ele está sempre à caminho; e a caminho de outros lugares.
Na oração de Jesus, Deus lhe aponta o caminho que deve ser seguido. Ele deve ir “às aldeias da redondeza”, pois é preciso pregar também ali”. E Jesus partiu, pregava nas sinagogas e expulsava demônios”.
Na primeira leitura, Jó nos mostra como devemos passar pelas dificuldades que nos apresentam no dia-a-dia. Devemos ver Deus agindo nessas horas também. Não é conformar-se com as dificuldades. Mas, perceber que Deus está presente em todos os momentos.
Na segunda leitura, Paulo nos diz que pregar o evangelho é “uma imposição”. Ou seja, é uma missão da qual ele não pode abrir mão, pois foi um encargo a ele confiado. E ele diz como deve ser o jeito de agir de todas e todos que assumem a missão de anunciar o evangelho. Devem ser fazer igual ao grupo para o qual vai se pregar. É preciso entender como as pessoas vivem. Assim, ele se fez “livre em relação a todos”. E por isso, pode se tornar “escravo de todos”. E acrescentou. “com o fraco, me fiz fraco, para ganhar o fraco. “Me fiz tudo, para salvar alguns”. E concluiu dizendo que “por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele”.
As leituras de hoje alimentam nossa ação missionária. É hora de pensarmos nossas práticas pastorais. Não podemos nos esconder em casa, tendo tantas possibilidades virtuais para isso. Ouvi de um missionário o seguinte: “Paulo evangelizava pelas cartas. Já parou para pensar nisso”? Ele, após fundar algumas comunidades, fazia seu pastoreio pelas cartas. E nós, o que fazemos hoje? Ficamos dentro das Igreja esperando o povo aparecer. E se não aparece? Lamentamos! É hora de lançarmos nossas “cartas” pelas redes sociais. Buscando aqueles e aquelas que lá estão. E lembremos, “nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra da boca de Deus”, disse Jesus ao tentador. Enquanto ficamos lamentando de não poder ir à Igreja, o “inimigo da natureza humana” está trabalhando, fazendo o mal. É hora de acordar. E mesmo na dificuldade, buscar criatividade para anunciar que o Reino de Deus está próximo. Amém.
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