Celebramos a Festa da Apresentação do Senhor. Mais uma vez, esclareço que o tempo litúrgico, das celebrações, não está diretamente ligado ao tempo civil, cronológico. Mesmo depois de passado o tempo do Natal, fazemos memória da Apresentação do Senhor.
O que podemos tirar de proveito disso para nossa vida?
Primeiro, Jesus não extraterrestre. Ele passa por todas as etapas religiosas do seu povo. Maria e José fazem questão de o inserir na realidade humana. Afinal de contas, Jesus é verdadeiramente homem (e tb verdadeiramente Deus). Para que pudesse ter autoridade e credibilidade em suas palavras, era preciso que ele tivesse vivido toda a tradição religiosa de seu povo. A apresentação precedia a circuncisão.
Duas personagens são importantes nessa história, Simeão e Ana.
Simeão faz a profecia de qual seria o destino daquela criança. É claro que o evangelista tem que dar esse mote. Mas isso não importa. Simeão diz que diante daquela criança muitos pensamentos serão revelados, seja para o bem, seja para o mal. Além disso, todos aqueles que ouvirem e acatarem sua palavra, serão reerguidos; e os que rejeitarem, sofrerão a queda espiritual e social.
Além disso, ele prevê que a mãe da criança passará por sofrimentos, uma espada traspassará o seu coração. Isso não desanima Maria. Ela sabia o que a esperava.
Ana é uma figura interessante. Enquanto a palavra de Simeão é para a família de Jesus, Ana representa todos os missionários e missionárias que anunciam a presença de Deus no meio de nós. Ana louva a Deus, ouve as palavras de Simeão, e sai para anunciar.
Na festa da Apresentação do Senhor, pensemos como estamos vivendo a nossa fé batismal. Estou sendo missionária ou missionário da presença de Deus no mundo através de Jesus?
Amém.
Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas (Lc 2,22-40)
22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.
24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.
36Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
Palavra da Salvação.
O senhor sempre sábio nas suas palavras e nas suas reflexões!
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